A corrida de inverno da New Balance

Paulo Vieira

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EIS UMA TRIBO ESTRANHA. Domingo, breu ainda às 6 da manhã, 13 graus com sensação térmica de 10. Inverno, finalmente. E uma legião de malucos de pernas de fora dominando uma grande área do vetusto shopping Eldorado, em São Paulo.

A maior parte se alongava, dava pequenos piques, aquecia-se enquanto não começavam as corridas de 7,5K e 15K, as distâncias queridas da marca americana New Balance.

Considerando que a New Balance está presente em duas maratonas do circuito major, a de Nova York e a de Londres, é bastante tímida sua atuação no Brasil. Mesmo assim, sua prova gerou um certo “buzz” entre os corredores.

Mas podia gerar mais. Havia ainda sorteio de passagem e inscrição para a mara de Nova York, mesmo que fosse necessário usar tênis New Balance para concorrer. Tratava-se de mais um diferencial que parece não ter chamado tanto a atenção.

(É verdade que havia ainda, para ajudar, uma etapa do Circuito das Estações com três distâncias diferentes rolando no Pacaembu.)

Concluíram a New Balance cerca de 3 mil corredores, se o número de pessoas que não aparecem na cronometragem oficial, como eu, for desprezível.

Como disse sobre prova parecida, um 10K da Track & Field na mesma Marginal Pinheiros, não há outra coisa a fazer numa prova em lugar tão pouco atraente como esse senão sentar a bota.

Saber se vai ser possível manter o ritmo até o fim da corrida é em geral a única ideia que acomete o corredor. Nessas circunstâncias, a síndrome da linha de chegada fica ainda mais acirrada.

Se eu tinha uma meta, era correr para menos de 1:10. Deu bom. Foi algo na casa do 1:08.

Até o fim do dia, meu tempo não apareceu na cronometragem oficial.

O povo chamou (no caso a Copa Airlines) e fomos lá correr às 6h30 do domingão #jqc #jornalistasquecorrem #vaivendocomofoiosabado

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Considerando que eu cheguei cerca de 22 minutos depois do vencedor, Ronicesse de Lima, não sei muito bem por que tanto quero saber desse tempo.

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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