Cinco de mayo, guerreiros, maratona e Funchal

Paulo Vieira

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SE O CORREDOR QUE TERMINA UMA PROVA, a distância que for, já é costumeiramente chamado de guerreiro, que dizer daquela guarnição do exército mexicano que em Puebla combateu e venceu o maior, mais forte e bem melhor treinado exército francês?

A batalha, em 5 de maio de 1862, é celebrada ano após ano pelos mexicanos dentro e fora de seu país. A desproporção das guarnições, segundo consta, era brutal, um mexicano para cada dois franceses.

Nada muito diferente do que teria acontecido na famosíssima batalha de Maratona, quando os gregos seriam metade dos persas – e Fidípides fez a primeira ultramaratona que se tem notícia dando início ao século glorioso de Péricles.

A festa de 5 de maio, que é muito celebrada pelos mexicanos que vivem nos Estados Unidos, já foi bem mais glamourosa quando ainda não se falava em muro na fronteira e coisas do tipo. Há até uma celebração oficial na Casa Branca, que, evidentemente, foi murchada este ano.

MÉXICO LINDO

UM CARIOCA DO MÉXICO

EM OLYMPIA, ATRÁS DO FOGO SAGRADO, NA FRENTE DAS OVELHAS COMUNS

AFORISMOS PARA SEU GUIA ESPIRITUAL JQC DA CORRIDA

O MURO DOS 32-35K

MARCOS PINGUIM, O FUNCHO E A CORRIDA-TRANSPORTE

E Maratona, a cidade que dá origem à distância mítica, pequena parte do que correu até cair duro Fidípides, deve seu nome, como bem outro dia lembrou o famoso maratonista Marcos Pinguim, à presença abundante da erva-doce, ou funcho, no local.

Por aí se vê que Maratona equivale a dizer Funchal.

Ainda que falar “Vou para o meu primeiro Funchal” soe um pouco estranho.

De qualquer forma, quando você estiver na ilha da Madeira ou até mesmo na Vila Olímpia, em São Paulo, pode quem sabe se imaginar um guerreiro.

Embebido abaixo Cinco de mayo, que não tem nada de bélico nem militar, com a grande banda War, só de raiva.

 

 

 

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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