Onde correr e comer fruta no pé

Paulo Vieira

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QUEM JÁ ANDOU PELO INSTAGRAM deste pasquim, o corrajornalista, deve ter notado, possivelmente não sem certa decepção, da parca presença deste corredor profilático e maratonista fetichista nos retratos ali postados.

MARATONA, O FETICHE

ULYSSES GUIMARÃES NÃO APARECEU NA SELFIE

Selfie, então, é palavra de pouca valia por estes pixels, apesar de ser a coisa, para uma vez mais parafrasear Renato Descartes, melhor distribuída no mundo.

Por outro lado, até o internauta mais distraído que navega por ali não deixa de notar certa obsessão deste jornalista pelas árvores da cidade.

Corro na região mais arborizada de São Paulo, e a presença vegetal é sem dúvida uma das razões que me impelem a fazê-lo.

Recompensa
Recompensa

De há tempos quero compartilhar com vocês um mapa da mina de algumas árvores frutíferas de São Paulo, abundantes na Z.O. e carregadas de frutos quando entra setembro.

(Aliás: cê tem brochov?)

A grande ideia, o grande objetivo, era fazer uma espécie de Google Maps das pitangueiras, jabuticabeiras e amoreiras da região, mas dadas as dificuldades técnicas, vai esta coisa tímida no word mesmo.

Sou amplamente pró-Mata Atlântica, mas grumixama eu só sei de um pé na casa da Ciça, minha vizinha, a quem eu mando um salve. Por isso entra a exótica amoreira, que, convenhamos, tem um fruto gostoso pra cacete.

AMOREIRAS

Avenida Arruda Botelho – canteiro central, diversas carregadas no trecho ao longo do colégio Santa Cruz até a Marginal Pinheiros

Rua Aparandê – lado esquerdo, quase defronte ao prédio do número 146 (o único da rua). Bônus: o pé é baixo e está carregado.

Rua Caminha do Amorim/praça François Belanger – na parte baixa da praça, na calçada mais movimentada; atravessando a rua tem uma pitangueira.

Avenida Pompéia x rua Euclides de Andrade – na frente do prédio ora em construção; os galhos estão muito altos, mas, se vale como compensação, tem um balanço improvisado atravessando a rua e o restaurante Alcaparra (vai na lasanha de brócoli da sexta-feira) está a menos de 100 metros.

Rua Rodésia – altura do 380, quase na entrada do Mangue, agora finalmente entregue à especulação imobiliária, lado direito de quem desce.

Rua Catão – altura do 1200, metros adiante do posto de saúde municipal.

Rua Vicente Polito – no canteiro central dessa amável vila da Vila Madalena, ao lado do Martin Fierro. Aliás, alguém sabe se mancha de amora sai de lataria de carro?

PITANGUEIRAS

Rua Tomé de Souza – altura do 500 em direção à avenida Mercedes

Rua São Gall – altura do 120; tem dois pés. Um antes de atravessar a Sepetiba e outro atravessando-a. Favor não mexer nas oferendas na encruzilhada.

Praça Conde de Barcelos – também conhecida como Praça do Temer (já foi conhecida como praça do Serra; vai vendo). Na esquina com Massacá, junto à barra de exercício.

JABUTICABEIRA

Tem no quinta de casa, e tá carregada. Passa lá.

Em janeiro dá goiaba em São Paulo. Me lembra de dar essa letra também.

Colabore com nosso mapa (em word) interativo. Deixe suas contribuições, se você souber onde há mais árvores frutíferas. Demais capitais e cidades são bem-vindas.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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