Caetano: “Brasileiro precisa virar chave mental para vencer”

Paulo Vieira

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A ESTRATÉGIA FOI MUITO BEM PENSADA. Para divulgar seus mais novos lançamentos no Brasil, uma câmera esférica que registra imagens em 360 graus e uma pulseira esportiva “inteligente”, a Samsung levou jornalistas paulistanos à academia Bodytech, em São Paulo, e os convidou a correr, pedalar ou simular o movimento de remada.

A pulseira tem GPS, frequencímetro, contador de passos e aciona programas de atividade física autoguiada desenvolvidos pela Bodytech. Ao praticar nossa sessão de 20 minutos de ginástica, testamos rapidamente o aparelho.

Como eu não passava por um frequencímetro havia muito tempo, constatei que minha bradicardia vai bem, obrigado. A tractana marcou 60 batimentos por minuto antes de eu começar a remar.

BRADICARDIA, EU TE AMO

TESTE: NIKE FUELBAND X UP24 X FLEX

CORRA ENQUANTO DESENHA, OU VICE-VERSA

CORRIDA COM ABRAMOVIC

O evento já estava muito bom, mas a Samsung ainda convidou três esportistas de destaque para liderar os jornalistas. Entre eles o maior velocista brasileiro, o medalhista olímpico Robson Caetano, hoje com 51 anos, bronze nos 200 metros nos Jogos de Seul e no revezamento 4×100 metros em Atlanta, 1996.

Também estavam lá a remadora Fabiana Beltrame, considerada a melhor atleta brasileira da modalidade, mas que, infelizmente, ficou fora  dos Jogos do Rio, e o ciclista Flávio Cipriano, bronze no Pan de Toronto.

Aproveitei a presença do carismático Robson Caetano, hoje comentarista de atletismo da Globo/Sportv e palestrante, para saber sua opinião sobre o atletismo brasileiro e suas  chances nos Jogos do Rio.

Fabiana Beltrame e Robson Caetano/Foto: Divulgação Samsung
Fabiana Beltrame e Robson Caetano/Foto: Divulgação Samsung

“Acredito em quatro medalhas brasileiras no atletismo, maratona feminina, marcha atlética e talvez nos saltos. Nenhum ouro. Ouro quem já tem é o Bolt, e assim mesmo só nos 200 metros.”

“O banimento dos atletas russos não deve mudar muita coisa nas nossas chances de medalhas. Muitos esportistas devem vir a convite do COI.”

“Não vejo nossos atletas serem cobrados em seus clubes para sair da zona de conforto. Eles precisam ser exigidos não apenas para ir bem nas Olimpíadas, mas para sempre ascender em suas carreiras.”

“A camisa do Brasil não pode pesar em ninguém. É preciso ter orgulho de vesti-la, mas mais ainda ter alegria.”

“O atleta brasileiro precisa virar uma chave mental para poder acreditar que pode vencer. Com os americanos é diferente: eles já saem com essa chave mental ligada no modo ‘positivo’.”

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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