Ciclistas somos todos uns folgados. Os que utilizam a bicicleta como meio de transporte – presente! – não somos exatamente seguidores estritos da lei como o pedestre japonês: aquele que jamais atravessa fora da faixa e no sinal vermelho.
A SAGA DO JORNALISTA QUE CORRE NO JAPÃO – PARTE 1
NO JAPÃO – PARTE 2
NO JAPÃO – SAIDEIRA
Adoramos avançar uma faixa de pedestre, tomar uma contramão, subir numa calçada. Mas acho que esses podem até ser pecadilhos diante do comportamento autoritário de muitos ciclistas que treinam para valer na USP.
AUMENTA O PACE QUE VEM BICICLETA AÍ
Deu no Jornal da USP: um grupo de ciclistas que treinava na deliciosa rua do Matão numa terça, às 5h30 da matina, foram ultrapassados pelo carro de um funcionário da Rádio USP que, como qualquer pessoa useira dos bons costumes e temente à lei, deu seta e tomou a esquerda do grupo.
Logo em seguida, Renato Campanhã, nosso bom radialista, foi alcançado por um motociclista que, segundo a reportagem, começou a xingá-lo. A coisa não pararia por aí. O motociclista, que estava armado, seguiu Campanhã e o ameaçou no estacionamento da rádio.
Você pode estar se perguntando qual a relação do motociclista com o grupo de ciclistas. O Jornal da USP não fez tal suspense, então digo já: o sujeito era um segurança, um batedor armado dos ciclistas.
É sabido que há roubos à mão armada no campus. Mas nada justifica esse comportamento belicoso do sujeito. É o fim da picada.
A reportagem ouviu José Antonio Visintin, espécie de prefeito do campus, que lamentou o ocorrido e reclamou do comportamento de todos os ciclistas que treinam no campus. “Seria uma convivência tranquila se os ciclistas tivessem respeito, o que não acontece. Quando os motoristas de ônibus e carros pedem passagem, eles se ofendem e xingam”.
Visintin reclamou também das assessorias esportivas de corrida e ciclismo que dominam o campus aos sábados. “Essas assessorias trazem cada vez mais pessoas para treinarem nas ruas, avenidas, praças e jardins, sem critério nenhum de utilização, não pagam nada para a universidade, cobram de seus atletas e ainda deixam todo o lixo para a USP dar um jeito.”
O tema é antigo, e já foi abordado pelo JQC algumas vezes. A USP, a pedido do JQC, já havia se manifestado (link abaixo), e se mostrou generosa com ciclistas e corredores. Para resumir, disseram: “O uso do espaço do campus prioriza as atividades condizentes com a missão da universidade. No entanto, isso não significa que é vedado o uso para outras práticas, como a de esportes”.
AS RESPOSTAS DA USP
O JQC é a favor da atividade física, claro, mas reconhece que o campus está quebrando um galho dos esportistas na falta de mais espaços apropriados em São Paulo.
Numa boa: estamos abusando da USP.
Treinei por anos na USP aos sábados.
E posso dizer que na assessoria que eu treinava , não deixava um lixo se quer no fim dos treinos e tenho certeza que as outras assessorias também não deixavam.
O lixo que eu sempre via por todo Campus, era o lixo pós festa…eram garrafas de bebidas alcolicas , copos …Sem contar as inúmeras taxinhas ao longo da via…para furar o pneu das bikes.
Sabe o que a maioria dos “estudantes” da USP querem?? Tornar o Campus como domínio privado para “puxar” um baseado , cheirar pó , trepar nos cantos em plena luz do dia e tomar todas…Sem que alguém os incomode.
Não é de hoje que lutam para “expulsar” os corredores e ciclistas.
Desculpe-me Silvia, mas você esta errada quanto ao que a comunidade da USP quer em relação ao uso por esportistas. Eu frequento a USP e faço parte dela desde 1980, corro pedalo, nado, remo… e sei muito bem o que tem acontecido. A comunidade entende que da para conviver numa boa. O que acontece é que em favor de se estar treinando, vale passar no farol vermelho, quase atropelar pedestres, ocupar todas as faixas, afinal o pelotão precisa ter seus componentes um do lado do outro. As acessorias tem deixado, sim, lixo. Este negócio de dizer que os estudantes querem o espaço para uso de drogas, sexo e Rock’n Roll e o papo velho, Ou voce não sabe que no esporte tem se uso enorme de uso de drogas…