PUBLIEDITORIAL
Gui Cavallari é velho conhecido dos amigos deste JQC. Apareceu por aqui algumas vezes, a primeira antes mesmo de ter publicado em livro sua jornada solitária de seis meses numa bicicleta pela Patagônia. Transpatagônia, editado por sua própria casa editorial, a Kalapalo, veio a lume este ano.
Custa R$ 60, está nas boas casas do ramo e também no site da kalapalo.
TRANSPATAGÔNIA, O LIVRO
O esforço de colocar em algumas centenas de páginas sua viagem foi ainda maior do que o de enfrentar o pedal entre Bariloche e Ushuaia e daí de volta a Bariloche na companhia de ventos pouco amigáveis e pumas silenciosos.
CAVALLARI, NOSSO HEROI
Outro produto da odisseia foi o filme Transpatagônia, editado por Cauê Steimberg e premiado em alguns festivais de filmes de aventura, realizado a partir das imagens que Guimas captava com suas duas câmeras de ação, uma delas a Sony Action Cam. Entrevistamos o aventureiro para saber como ele se entendeu com a maquininha durante a viagem.
TRANSPATAGÔNIA, O FILME
JQC – Você já havia usado uma câmera de ação? Qual sua principal vantagem e sua principal desvantagem?
GUI CAVALLARI – Nunca. Eu não sabia nem ligá-la. As principais vantagens são sua robustez e resistência, o fato de ser compacta e à prova d’água. A principal desvantagem é a falta de zoom.
JQC – Quanto tempo duravam as baterias? Era suficiente para suas pedaladas diárias?
CAVALLARI – A duração da bateria é sempre um problema. Se ela fosse grande e pesada, duraria mais, mas o equipamento seria mais volumoso e pesado. Com as baterias pequenas que a câmera usa, o tempo de vida é curto, mas isso se resolve com baterias reservas. Eu tinha meia dúzia sempre comigo.
JQC – Você já havia dito que sua grande preocupação em algum momento era sobreviver, descansar, comer, e começou a desencanar de filmar todos os dias. Que trabalho a câmera te dava a ponto de rivalizar com sua própria sobrevivência?
Veja o trailer de Transpatagônia
CAVALLARI – O problema era o espaço mental que ela ocupava. Eu viajava, pedalava ou caminhava pensando “aqui daria uma boa tomada de cena”; “a luz está ótima para filmar”. Quando desencanava de filmar, eu curtia mais a qualidade única de cada momento. Fora isso, havia o trabalho de trocar bateria e cartão de memória na chuva, no vento, no frio. Depois havia o trampo de descarregar e armazenar de forma apropriada (em HD externo) os arquivos de filmes e fotos produzidos. Não era pouco trabalho.
JQC – Foi fácil operar a câmera? Precisou de um instrutor no início?
CAVALLARI – Sim, e eu estive sozinho o tempo todo. Investi um pouco de tempo para entender os botões de controle, saber o mínimo para filmar com desenvoltura e eficiência. Câmeras de ação têm essa característica de ser point and shoot, estão prontas para ser operadas.
Boas perguntas.
Assunto bem específico e pode ajudar aqueles aventuram-se por aí com os seus apetrechos tecnológicos.