Jornalistas costumamos adorar uma reserva de mercado, uma regulamentação que nos privilegie e, horror dos horrores, uma exigência de diploma.
Enquanto isso, a caravana passa e o Di Gênio e seus sucedâneos prosperam.
Fotógrafos, então, nem melhor mencionar.
(Então por que diabos menciona?)
Dependendo do nível do caturrismo, se pudessem, proibiriam a produção e comercialização de smartphones em território nacional.
RAZÕES PARA DEIXAR O SMARTPHONE EM CASA QUANDO VOCÊ CORRE
Mas é claro que há aqueles de nós que não se enquadram em perfil tão obtuso. Como o Paulo Henrique Pampolin, o PH Pampa, esse paulista de Andradina com quem convivi a última semana entre lagostas, falésias e hotéis decadentes do Nordestão.
Pampa, que é fotógrafo com cabeça de artista conceitual, fez no Ceará alguns cliques da imagem mais clássica e banal ao mesmo tempo que existe, aquela que todos nós vamos sempre fotografar, a do pôr do sol. Pedi para ele dar umas dicas de como fazer isso de uma maneira um pouquinho mais criativa. Como esta:
– Procure incluir em sua cena elementos ou algo que só você terá visto. Como o passante da foto abaixo.
Ou a revoada de pássaros da imagem a seguir
Pampa também gosta de mexer no white balance da câmera, saturando os cliques no crepúsculo. “A luz desse momento, se você fizer experiências com o white balance, testando outras temperaturas de cor, não somente o automático, lhe trará boas surpresas. As possibilidades são infinitas.”
Como segue
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Pedi também para o fotógrafo cafuçu Léo Feltran que desse sua contribuição para este pasquim – ele que já generosamente fez isso muitas vezes, seja me filmando testando o Kangoo Jumps, seja comigo a entrevistar os malucos no Minhocão.
Em momento particularmente loquaz, ele disse:
“Se for só uma foto do pôr do sol, faça a medição no sol, e o enquadre – as câmeras automáticas já se protegem. Mas se for uma pessoa [no primeiro plano] com o sol no fundo, sugiro usar um equipamento com um flash mais potente.”
Sim, porque você vai precisar equalizar a fonte de luz maior do fundo – o sol – com o objeto menos iluminado de seu primeiro plano.
Post dedicado ao maior dos fotógrafos paulistas: Eduardo Albarello, o Velho, que gosta, ou gostava, desta música que fala de sol, adivinhações, sonho, lugares distantes, coisas muito loucas.