O cerrado a uma hora de São Paulo

Julia Zanolli

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Depois de uma feliz incursão ao Parque Estadual da Cantareira há alguns meses, com direito a trilha, piquenique e muitos macaquinhos, decidi fazer um bate-volta neste Carnaval ao Parque Estadual do Juquery, em Franco da Rocha, a cerca de 40 quilômetros do centro de São Paulo.

É a última área remanescente de cerrado na região metropolitana, que abrigava o antigo Hospital Psiquiátrico do Juquery. Sempre achei que cerrado era só lá pros lados de Brasília, de modo que foi uma surpresa boa perceber que dá para ver esse tipo de mato por aqui.

Partimos, o digníssimo e eu, besuntados de protetor solar e com a mochila recheada de comidinhas. Confiamos no Waze, aplicativo preferido dos paulistanos que querem fugir do trânsito, e vimos a tal uma hora de trajeto virar duas depois de trapalhadas sem fim.

Passamos por três municípios – Mairiporã, Caieras e Franco da Rocha – enquanto o Waze dizia ser “impossível calcular rota”. Dica importante: olhe bem o caminho antes de sair já que o 3G oscila ou vá de transporte público.

O Parque tem uma área de mais de 2 mil hectares de mata atlântica e cerrado e uma grande diversidade de animais. Segundo o vigia há um casal de onças, além de cachorros do mato, veadinhos e muitas aves. Parece que de manhã é mais fácil avistar os bichos; nós vimos apenas alguns passarinhos.

São seis trilhas, uma delas com 13K, de dificuldade variada. A sinalização é bastante confusa mas os caminhos são bem trilhados e, de modo geral, seguros. Alguns ciclistas se aventuram pelas subidas, cruzamos com uns três pelo caminho.

Não sei bem qual das trilhas fizemos, mas caminhamos quase duas horas pelo parque. Como a vegetação é rasteira, é sol na cabeça o tempo todo. Portanto vale a pena chegar cedo se o objetivo for correr.

Quem animou pode encontrar aqui outras opções de passeios perto de São Paulo, como o famigerado Pico do Jaraguá.

 

 

 

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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