Os jornalistas que viraram jornaleiros

Paulo Vieira

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O título acima era óbvio demais para não ser utilizado. Embora não seja exatamente verdadeiro. Mas, verdade, que’st ce que c’est?

Afinal, se os jornalistas Cecilia Arbolave, de quem editei textos na Viagem e Turismo, e João Varella, repórter da Isto É Dinheiro e editor do portal El Economista America, compraram uma banca de jornais em São Paulo, ainda que para transformá-la num ponto de venda avançado da editora do duo, a Lote 42, podem ser considerados jornaleiros.

A banca/Foto: George Leoni
A banca/Foto: George Leoni

A banca até vende a Folha, o Agora, talvez tivesse o Diário Popular se ele ainda existisse, mas, com um design completamente diferente de uma banca convencional, serve para mostrar aos passantes os livros da editora e de outras igualmente “independentes”.

Dia de festa na Barão de Tatuí/Foto: George Leoni
Dia de festa na Barão de Tatuí/Foto: George Leoni

Se fizeram um movimento pouco ortodoxo ao adquirir uma banca e transformá-la, Cecilia e João –e um terceiro comparsa, Thiago Blumenthal –, também estão dando aos livros da Lote 42 um tratamento pouco comum no mercado editorial. Cada lançamento é precedido de um ou vários trailer-books, além de diversos extras, sempre disponíveis no site da Lote 42.

Vale também conhecer o canal do YouTube da editora.

Amanhã, sábado, 31, é dia de festa, pois haverá o lançamento do oitavo livro da Lote 42, o “Queria ter ficado mais”, com doze histórias escritas por mulheres, jornalistas e escritoras, sobre cidades como Buenos Aires, Paris e Istambul. O projeto gráfico mostra bem o que pensam os editores sobre livro “a nível” de objeto.

Cada um dos capítulos/cidades é um conjunto de folhas soltas, dispostas dentro de belos envelopes, com delicadas aquarelas impressas à guisa de ilustração.

O livro-envelopes
O livro-envelopes

Uma parada muito, muito bonita.

A banca, repete João, custou “menos do que um carro popular”, ainda que esteja num quarteirão de São Paulo ao qual só falta alguém alugar uma garagem e fazer uma barbearia retrô para transformá-lo no lugar mais hype do Brasil.

(tirando o Bar do Pará, em Caraíva, claro).

A banca antes da reforma/Foto: George Leoni
A banca antes da reforma/Foto: George Leoni

Ela fica na Barão de Tatuí, em Santa Cecília, defronte aos restaurantes Sotero e Cosi e a metros da Conceição Discos e seu famoso pernil no pão de queijo a cavalo.

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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