As respostas da USP

Paulo Vieira

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Confira aqui as respostas da Assistência Técnica de Relações Institucionais e Comunicação da Prefeitura do campus USP às perguntas do JQC .

JQC – Quantos esportistas sem ligação com a USP treinam diariamente e aos sábados na USP? Desses, quantos cicilistas e quantos corredores?

USP – A Prefeitura do Campus USP da Capital (PUSP-C) não possui dados sobre esse segmento da população que utiliza a Cidade Universitária como local para práticas esportivas. O que se tem até o momento são algumas estimativas:
– de 10 a 12 mil pessoas aos sábados, ligadas ou não a assessorias esportivas, incluindo ciclistas, corredores e pessoas que vem apenas caminhar pelo campus;
– de 120 a 140 assessorias aos sábados;
– cerca de 80 assessorias de segunda a sexta, mas não de forma regular, ou seja, não necessariamente todos os dias.
A PUSP-C já deu início a um levantamento mais cuidadoso e em breve teremos dados mais concretos para fornecer a respeito deste tema.

JQC – Como é negociada a utilização do espaço pelas assessorias esportivas? Elas pagam algo para erguer tendas? Só aos sábados ou nos dias úteis também? Se sim, quanto?

USP – Ainda não há negociação formal para o uso dos espaços da Cidade Universitária, mas em breve, após o levantamento mencionado acima, a PUSP-C terá condições de mensurar esse uso e dar início a uma relação formal com essas assessorias, o que contemplará, entre outras coisas, o cadastro das mesmas e o dimensionamento dos usos do espaço. Até o momento não há qualquer tipo de cobrança para uso de locais da Cidade Universitária pelas assessorias esportivas, seja em dias úteis ou aos finais de semana.

JQC – Há alguma diretriz sobre esse assunto? Segue como tem sido nas outras gestões ou muda algo com esta nova reitoria? Qual o limite numérico de esportistas diários no campus?

USP – A Universidade de São Paulo é uma instituição que visa ao ensino teórico e prático de graduação e de pós-graduação, a pesquisa científica e as atividades culturais e de extensão. Os serviços prestados na Universidade de São Paulo favorecem não só seus alunos, professores e funcionários, como também a comunidade junto à qual atua e, de forma mais ampla, toda a sociedade.

Dessa forma, o uso do espaço do campus prioriza as atividades condizentes com a missão da Universidade. No entanto, isso não significa que é vedado o uso para outras práticas, como a de esportes. Já há um tempo a PUSP-C começou um contato informal com as assessorias esportivas, convidando-as a participar de encontros na Universidade para discutir o uso do campus, buscando com eles e outros usuários encontrar caminhos que contemplem e harmonizem a diversidade de usos e interesses. Neste sentido, vale lembrar que a Cidade Universitária é repleta de áreas verdes, porém não é um parque público. Suas ruas e avenidas foram desenhadas para garantir a circulação da comunidade usuária e de seus visitantes, e recebem, durante a semana, cerca de 40 mil veículos por dia, incluindo ônibus e caminhões. Assim, é necessário regulamentar o uso dos espaços do campus para que as atividades-fim da Universidade (ensino, pesquisa e extensão) não sejam afetadas, ao mesmo tempo em que a comunidade não deixe de ser atendida.

Além desse fórum – usuários do campus -, há uma instância de governança do campus que constantemente é consultada e de onde partem as diretrizes e políticas sobre os usos dos espaços do campus, que é o Conselho Gestor do Campus USP da Capital, a quem a Prefeitura do Campus se reporta e presta contas de sua gestão. Com relação ao limite numérico mencionado na pergunta, após o levantamento que está em andamento a PUSP-C fará esse dimensionamento.

JQC -Planeja-se a interdição de alguma área hoje disponível para esses esportistas?

USP – Qualquer ação que porventura possa existir com relação ao uso dos espaços do campus vamos considerar, em primeiro lugar, as prioridades da própria Universidade, a saber: ensino, pesquisa e extensão.

JQC – Qual a razão para manter o acesso ao pessoal que é estranho à universidade? É uma liberalidade ou a USP entende que tem de manter as portas abertas para a população? Nesse caso, essas assessorias representam a população?

USP – A USP já mantém suas portas abertas à sociedade. O que existe são horários diferenciados de funcionamento, nos dias úteis e aos finais de semana, em função das necessidades da própria Universidade, que mantém atividades ininterruptas em diferentes locais do campus e em diferentes áreas: de hospital a biotérios, de museus a conjunto residencial para estudantes, de laboratórios a serviços de infraestrutura. Assim, o campus tem acesso restrito somente em horários específicos: após as 20h, de segunda a sexta; após as 14h, aos sábados; e o dia inteiro, aos domingos e feriados.
As assessorias esportivas são uma pequena parcela dos usuários do campus da USP e, como tal, não representam a população que diariamente usa e frequenta a Universidade.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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