A corrida não é só uma ótima forma de prevenir doenças, é também uma auxiliar no tratamento de várias delas. No caso da depressão, ela pode até ajudar a diminuir o uso de remédios.
É o que afirma o psicólogo do esporte Rodrigo Falcão e diversas pesquisas internacionais sobre o tema. “As práticas regulares de exercícios físicos liberam substâncias químicas no cérebro e no corpo ligadas ao bem-estar e ao prazer”, explica. “Pessoas deprimidas têm falta dessas substâncias, por isso a corrida pode ser um excelente complemento no tratamento dessa doença”.
Há também o chamado ganho secundário trazido pela atividade física, como a melhora da auto-estima, a sociabilização e a criação de vínculos com outras pessoas. “Para pacientes nessas condições isso não é fácil, até porque algumas das características da doença são o isolamento social e falta de motivação em geral”, diz Rodrigo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ao menos 10% da população sofre desse distúrbio de maneira severa e todas as pessoas em algum momento da vida terão episódios depressivos.
O diagnóstico e tratamento adequado devem ser feitos por um profissional especializado, que irá avaliar as melhores formas de combater a doença. “Existem níveis diferentes de depressão e diferentes diretrizes para combatê-la”, diz Falcão. “Acredito que o exercício físico deve ser incorporado como parte do tratamento e não de maneira isolada, por isso é fundamental o acompanhamento médico, psicológico e físico”.