Vicente Vilardaga, o homem que corria (e que vai voltar a correr asap)

Paulo Vieira

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Outros já disseram mais e melhor. Zé Vicente Vilardaga, Viça, 40 e algo, o copioso, gregário, generoso, vesuviano Viça é também um jornalista que corre. Já correu mais, é verdade, mas tem pelas corridas um afeto e uma gratidão que talvez só encontre paralelo na minha relação com a NX-200 1995 BXU-3390 azul, a moto Honda baleada que normalmente me conduz à Editora Abril.
O camarada e meu colega de PUC que em julho publica pela Leya a história trágica de Pimenta e Sandra faz uma cameo appearance aqui no site e conta ele mesmo sua história com o cascalho.

“Comecei a correr em 1997 porque percebi que era um bom exercício para perder peso, para me manter em forma e também pelos efeitos terapêuticos. Descobri que ficava bem mais tranquilo depois de fazer um percurso de 10 quilômetros a céu aberto. Esquecia dos problemas e ficava menos ansioso. Praticava um esporte sem gastar quase nenhum dinheiro. Corria cinco ou seis vezes por semana, quase sempre pela manhã e na rua. Nunca gostei de esteira.

Conheci no final da década de 1990 um grupo de jornalistas que também corria e, juntos, montamos uma equipe de revezamento chamada Time da Imprensa. Tínhamos camiseta e até treinadores. Entre os jornalistas que participavam da equipe estavam Rosana Dias, Chico Barbosa, Eduardo Elias e Luiz Thunderbird.

Corri cinco edições da Maratona Pão de Açúcar de Revezamento e três Voltas de Ilhabela com o Time da Imprensa, além de disputar sozinho muitas provas de 10 ou 12K, cinco meias maratonas e também uma maratona de São Paulo, em 2006, que fiz em 4h30. Durante dez anos, até 2007, treinei com regularidade e cheguei a correr 12K em menos de uma hora. Depois, diminuí o ritmo para duas ou três vezes por semana, mas entre 2010 e 2011 intensifiquei minhas atividades para perder peso e melhorar meus indicadores cardiovasculares, que estavam lamentáveis. Perdi 13 quilos (passei a pesar 89 quilos) em oito meses e fiquei mais saudável.

Ultimamente, substituí as corridas pelas caminhadas, principalmente por falta de tempo. Além do meu trabalho diário na Abril, me dediquei, nos últimos meses a escrever um livro e cumpri jornada dupla. Trabalhava à noite e de fim de semana. Não tinha muito tempo para correr e me sentia cansado. Por isso, arrumei um medidor de passos e comecei a vir para o trabalho a pé. Costumo andar de 4 a 10 quilômetros por dia, quase todo dia. Foi uma forma de adaptar minhas rotinas à necessidade de fazer alguma atividade física. As caminhadas, porém, foram temporárias. Terminei o livro, que se chama À Queima Roupa – O Caso Pimenta Neves e será lançado pela editora Leya no início de julho, e estou me preparando para retomar as corridas. Não posso viver sem elas. Antes, para não correr riscos desnecessários, vou fazer um check-up – o último que fiz foi em outubro de 2010.”

Como diria o Cauby, te espero no cascalho, professor.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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