Lá pelo segundo mês de viagem, apenas um terço do tempo que iria utilizar para cruzar de bike a Patagônia e a Terra do Fogo, Gui Cavallari, meu heroi, nosso heroi, quase mandou tudo às favas.
Pedalar sozinho, acampar onde desse, comer o que fosse, sobreviver, enfim, já era missão árdua o suficiente para ele ainda ter de se preocupar em gravar “cabeças”, fazer passagens, ajustar o equipamento, ver se ficou bom e, pior, procurar desesperadamente por tomadas para carregar à noite as baterias das câmeras, dos computadores e celulares.
Então as gravações, que eram diárias, foram se espaçando.
Donde o filme Transpatagônia é um prodígio. Que se dê o crédito ao diretor, Cauê Steimberg, a quem Guimas entregou os copiões com um recado: “Faça o que quiser.”
E Cauê fez algo que Guilherme jamais imaginou: transformou o que era um documentário de natureza num documentário de natureza humana. As paisagens magníficas e ainda intocadas da Patagônia cederam o protagonismo imaginado no começo para o escada, para o cameraman.
Ficou bom pra cacete, mas como eu sou bastante suspeito – haja visto o que já falei do Guimas aqui e aqui –, quem estiver em Sampa pode ir conferir por si próprio. Tem uma exibição gratuita nesta quinta, 18 de junho, 20h, no MIS.
Uma palhinha, no trailer abaixo
O cara também esteve na Globo News falando da insólita experiência. Dez minutos com o camarada, aqui.