A mera e frívola constatação de que se mata no atacado há séculos, que digo, milênios, por diferenças de credo dá conta de quão falhada é nossa civilização. Mas devoto de Helius, Apolo, Inti, Endorphynus e Zé Celso que este pasquim eletrônico é, só faltava agora ao JQC propor as trevas, o solipsismo e a esteira como saída menos indigna para nossa existência neste vale de lágrimas.
Destarte, o negócio aqui está mais para Dioniso do que Hades, mais para Calvin Harris do que Ian Curtis, se assim preferem. E então vamos logo ao que interessa, ou seja (pronuncie com língua presa este ou seja), dar ciência deste evento que São Paulo assistirá daqui a um mês, no dia 28 de junho.
O evento é a prova de corrida e caminhada Caminho da Paz, que na sua sexta edição reitera, com o itinerário, seu forte e característico simbolismo.
A largada tem início no clube Monte Líbano, em Indianópolis, no caminho da igreja de São Judas Tadeu, e, 7K depois, chega ao clube Hebraica, na millionaire mile de São Paulo.
Se a prova não serve para diminuir as escaramuças entre judeus, cristãos e muçulmanos que habitam o Oriente Médio e alhures, ao menos expressa um desejo de que o absurdo um dia chegue ao fim.
Ideia igualmente absurda, mas menos absurda, creio, do que não se indignar com tal absurdo.
Inscrições a 21 paus no site oficial do evento.