Sexo antes da prova pode atrapalhar a performance?

Julia Zanolli

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A questão é tema de incansável debate entre corredores, jogadores de futebol e esportistas no geral. Concentração, foco na missão e nada de acompanhantes na véspera do grande dia ajuda a garantir o desempenho?

Se isso ainda é tema de debate no nível dos atletas profissionais, entre os amadores parece haver um consenso de que, sem exageros, o sexo pode até trazer benefícios no dia da competição. É o que afirma a sexóloga e corredora Laura Muller. “O sexo ajuda a relaxar e pode fazer com que as pessoas se sintam mais confiantes”, afirma.

O pudico leitor pergunta então o que pode ser considerado exagero. Segundo o famoso empresário do New York Yankees, Casey Stengel, “não é o sexo em si que acaba com os caras, mas sim ficar acordado a noite inteira procurando por isso”. Ou seja: noites em claro, movimentos com os quais você não está muito acostumado e músculos distendidos configuram excesso.

Sem movimentos bruscos, pessoal
Sem movimentos bruscos, pessoal

Uma revisão de três grandes estudos sobre o tema mostrou que não parece haver relação entre sexo na véspera e queda no desempenho esportivo. Ainda segundo a pesquisa, considerando que o ato sexual entre pessoas casadas gasta em média entre 25 e 50 calorias (o equivalente a subir dois lances de escada) parece bastante improvável que a prática comprometa resultados fisiológicos nos testes de perfomance realizados.

Vale lembrar que no caminho inverso – o impacto do exercício na vida sexual – os benefícios estão mais do que comprovados. Além de fortalecer a auto-estima e por consequência estimular a libido, a melhora de condicionamento também dá mais fôlego na cama. A corrida ainda aumenta a produção de dopamina, substância ligada ao prazer tanto em homens como em mulheres.

 

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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