Pau de selfie

Paulo Vieira

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Passei a última semana no Chile, entre cafés solúveis caros em Santiago e a beleza do deserto do Vale do Elqui, uma Serra da Cantareira a 2 mil metros de altura com a energia lisérgica do tempo dos Mutantes e a falta de água dos anos Alckmin.

E uvas, uvas e uvas por todo o lado.

Um ratito do que eu, Fernanda, Vitória e Dudu vivemos ali está neste post, que não custa novamente linkar, mas o que eu quero falar aqui é da mania do selfie, ou melhor dizendo, do pau de selfie, que grassa também bem ao sul do Trópico de Capricórnio.

Não é só o Felipe Zylber que está nessa, aparentemente.

E ao ver tanta gente no duty free ou em outros lugares comprando aquele aparato, lembrei deste vídeo abaixo, onde eu corro por umas boas duas horas com um pau de selfie improvisado.

Saiba como é ter uma Go Pro na ponta de uma haste de ferro por 20K, sendo os últimos 4,5K deles a mítica subida do Pico do Jaraguá.

Há cenas explícitas, x-rated, com o pau a partir do 1min e 40seg.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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