Quer correr depois do trabalho? Vai para o Parque do Povo

Julia Zanolli

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Muita gente indo correr no Parque do Povo. Ao perceber esse movimento, imbuídos do melhor espírito de jornalismo investigativo e loucos por novas paisagens para gastar a sola, fomos até lá para conferir porque o parque está se tornando um queridinho entre os corredores paulistanos.

O Parque do Povo foi inaugurado em 2008 e ocupa uma área de cerca de 130 mil metros quadrados no Itaim, uma área nobre na zona sul de São Paulo. 

Ele tem três quadras poliesportivas, pistas de corrida, de ciclismo, skate, caminhada além de trilhas e aparelhos de ginástica. Como as pistas são separadas, não tem tanta trombada e o caminho é bem livre para correr.

Há circuitos de 400 a 1200 metros, indicados logo na entrada. O longão pode ficar um pouco repetitivo, mas é bem bom para treinos mais curtos ou de velocidade. 

Como o parque ainda é novo, não tem muitas sombras para facilitar a vida do corredor quando o sol está forte, mas é um dos poucos parques da cidade que abre a noite – fica aberto diariamente das 6 da manhã às 10 da noite. E é nessa hora que o parque encontra seu verdadeiro espírito: o engravatado.

As árvores já cresceram... um pouco
As árvores já cresceram… um pouco

Conversando com alguns frequentadores do lugar, dá para perceber que o horário estendido e a proximidade com Berrini, Faria Lima e outros centros de negócios tornam o parque uma mão na roda para quem quer correr depois do trabalho. 

Além do bravo trabalhador e da brava trabalhadora paulistana, o parque acompanhou o movimento da valorização imobiliária do bairro e acabou se tornando um reduto dos endinheirados da região. Um sintoma disso é o vizinho nobre: o shopping JK, um dos mais luxuosos da cidade. Onde muita gente para o carro, aliás, já que lá não tem estacionamento.

Em breve vai sair um vídeo do JQC sobre o Parque do Povo, com mais informações (inclusive o paradeiro das várzeas e do circo que costumavam ocupar aquele espaço) entrevistas, imagens fera, tudo que tem direito. Mas já dá para adiantar que vale a visita.

 

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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