A OLYMPIKUS ESTÁ FAZENDO UM GRANDE esforço para mostrar que é o grande player do mercado esportivo brasileiro.
Faz sentido: a marca da Vulcabras/Azaleia/Grendene é líder do segmento segundo a consultoria Kantar, mas parece jogar na divisão inferior quando se pensa em algo mais difuso: o imaginário coletivo do corredor.
Claro que não basta a marcas tradicionais como Nike, Adidas, Puma, Fila, Asics e Mizuno ficar só no “flow” de seus pesados movimentos mundiais. Embora não façam muito esforço no Brasil, algum esforço fazem.
Para ser sucinto, a Mizuno organiza a prova Uphill, um 42K-fetiche em Santa Catarina, e a Adidas, que já teve as incríveis runbase do Rio e São Paulo, promete trazer de volta sua 10K + 5K + 1K ainda este ano.
A Olympikus criou em 2019 o “Bota pra Correr”, um circuito de corridas por lugares improváveis do Brasil: Jalapão (Tocantins), Pantanal (na região de Corumbá) e Alter do Chão (Pará). A ideia não é criar gigantescas dificuldades logísticas para o corredor, mas associar a marca com aventura – e talvez com a aventura mais fotogênica que existe no país.
Saca o clima.
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Uma das provas, a do Jalapão, aconteceu mês passado, e para divulgar para jornalistas e influenciadores as duas que ainda restam, a do Pantanal, no fim de setembro, e a de Alter do Chão, em novembro, a marca brazuca promoveu um megaevento sábado passado do qual este pasquim participou.
A Olympikus levou cerca de cem coleguinhas para um 7K dentro da fazenda Guaxinduva, em Cabreúva, na Serra do Japi, a 70K de São Paulo. A propriedade, de 1500 hectares (ou 1500 campos de futebol) tem cerca de 75% de sua área preservada, muita Mata Atlântica (secundária) e diversas cachoeiras. Enfim, a marca não poderia ter sido mais feliz na escolha da locação.
A fazenda é aberta e pode ser visitada por qualquer pessoa mediante um day use de 35 pratas. Falarei mais disso oportunamente. Recomendo.
É preciso dizer que a marca presenteou os jornalistas com dois calções, camiseta, um corta-vento, o tênis Challenger e ainda um copo dobrável ecológico, tudo isso acomodado numa mochila – também no pacote – própria, que ficava disponível num vestiário da fazenda com o nome do felizardo.
Negócio finíssimo, que deve ter valido uma bela minutagem nos “recebidos” dos Stories de Instagram da tigrada.
No fim do ano passado, escrevi para a revista PODER o perfil de Pedro Bartelle, CEO e um dos controladores da Vulcabras, que tem na Olympikus seu principal negócio.
Dá para você lê-lo na íntegra neste link, mas adianto aqui como Pedro explica a liderança da marca no Brasil: preço, reposição rápida de estoques e entendimento do consumidor.
Na época ainda não havia o circuito Bota pra Correr, mas sim o acordo com a Under Armour, que até 2028 será representada no Brasil pela Vulcabras.