Até o último alvéolo

Paulo Vieira

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HOJE SE CELEBRA O DIA MUNDIAL SEM TABACO. Dos dias mundiais sem alguma coisa esse deve ser o mais importante. O sítio do Instituto Nacional do Câncer tem números bastante eloquentes sobre o mal que o cigarro impinge a quem fuma e, pior, a seus circunstantes, que entram nessa de maneira involuntária.

Infelizmente, o que vai escrito lá pode não ser de muita valia para os tabagistas, dado que o  bom senso, ao contrário da formulação filosófica famosa, não é a coisa no mundo melhor partilhada.

De qualquer forma, aí vai, no mais explícito e justificável control C control V já usado neste pasquim:

O CIGARRO ROUBA

4.203.383 ANOS de vida por morte prematura e incapacidade.

6,71 ANOS de vida das mulheres e 6,12 ANOS de vida dos homens, em média.

2,45 ANOS de vida das mulheres ex-fumantes e 2,66 ANOS de vida dos homens ex-fumantes, em média.

O CIGARRO MATA 428 PESSOAS por dia no Brasil

12,6% DE TODAS AS MORTES que ocorrem no país podem ser atribuídas ao tabagismo.

156.217 MORTES poderiam ser evitadas a cada ano.

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As armas da indústria são insidiosas, ainda que não mais do que as armas de outros setores, como o dos pecuaristas, monocultores e madeireiros, com toda a enorme bancada de deputados federais que levam no bolso.

De qualquer forma, vale o repeteco do link abaixo, em que falamos do livro O Imperador de todos os males – Uma Biografia do câncer, do médico e professor na Universidade de Columbia Siddhartha Mukherjee, prêmio Pulitzer de 2011.

O IMPERADOR DE TODOS OS MALES

No capítulo “Como um ladrão na noite”, Mukherjee colige material de marketing e publicidade no boom mundial do cigarro no pós-guerra. Na época, a indústria fazia o que bem entendia. Tentava, por exemplo, desqualificar os estudos que começavam a vincular o cigarro ao câncer do pulmão nos anos 1950.

Para se ter ideia, o famoso Homem de Marlboro, lançado em campanha publicitária da marca em 1955, fez o produto “disparar incríveis 5 000% em oito meses”, escreve o autor.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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