COMO SE SABE, A PRINCIPAL ORGANIZADORA de corridas de rua do Brasil, a empresa Yescom, anunciou uma série de medidas para combater o “pipoca”, o sujeito que participa de provas sem pagar as de 100 a 150 pratas que são cobradas do incauto corredor amador à guisa de taxa de “inscrição”.
As medidas basicamente incluem um controle supostamente mais rígido de acesso às baias de largada e chegada. Só.
Conhecendo-se a desorganização quase proverbial dos eventos da empresa, que adora reunir provas de distâncias diversas num mesmo horário de largada, já se pode imaginar o sucesso do novo proceder, que terá seu primeiro grande teste neste domingo, na meia maratona de São Paulo.
Problema é que domingão o povo que disputa os 21K larga novamente junto com a tigrada dos 5K, e com 500 metros de percurso, nem isso, já há um retorno de 180 graus na avenida Arnolfo Azevedo.
Vai vendo.
PIPOCA
PIPOCA, A VISÃO DA YESCOM
PIPOCA, A VISÃO DO ORGANIZADOR
A NOITE MUITO NEGRA DA NIGHT RUN
DEVEMOS FALAR DA MORTE NAS CORRIDAS DE RUA?
É por isso que este pasquim vem a público sugerir uma nova abordagem da questão. Como no velho jargão do reggae: Legalize it! Ou no estilo João Doria: quer pixar, digo, grafitar, tem de ir ao grafitódromo. Quer pipocar, que vá pipocar oficialmente, com segurança e tranquilidade.
Já confeccionamos um lote de 10 mil números de peito (ou “bibs”, no jargão entreguista do meio) que sugerimos à Yescom comercializar por um valor simbólico – R$ 30, quem sabe (aí quinzão é nosso!).

O pipoca, dessa forma, geraria renda e seria facilmente localizável pela organização.
Poderia até integrar uma categoria própria, com premiação compatível com a renda auferida.
Resta saber se a ele seria vetada a água dos postos de hidratação. Afinal, ganha mais quem bebe menos água quente.
O único senão para a organização é que o pipoca deixaria de ser a Geni, o bode expiatório, a Dilma do mundinho das corridas de rua do Brasil, alguém que sempre pode ser responsabilizado pelo mau serviço oferecido aos pagantes.
E aí todos nós, cumpridores zelosos de nossos deveres de cidadão, teríamos um problema seríssimo com que lidar: quem malharíamos depois?
“Tigrada dos 5km”!!!!! Essa foi feia heimmm
apaga que da tempo
Fácil saber quem malhar depois: os pipocas que vão invadir esta “categoria” sem pagar as trinta pilas! Pipocas da categoria pipoca, porque pipocar não é questão de falta de grana , mas sim de falta de caráter, ai meu amigo, difícil resolver.
abs
Mas você é favorável aos “pipocas” ?
Caráter não tem nada a ver com pipocar cara, não gosto de correr na pipoca, mas chamar de mal caráter o cara que não quer pagar uma puta grana por uma corrida que nem é tão atrativa, tanto no percurso quanto no kit é pegar muito pesado.
O jornalista em questão correu no dia de seu aniversário na pipoca e postou enaltecendo o feito
Que tal abrir um abaixo-assinado para enviar a Yescom com a idéia?
Sensacional seu texto. Minha vontade era juntae uma galera e entrar com uma ação pra pegar meus 160 reais de volta, tamanha a revolta da Sao Silvestre. Ficou feio demais eles responsabilizarem os pipocas pela péssima estrutura no geral.
Que ideia de jerico… experimente organizar uma corrida e depois conte como fez com os bandidos-pipoca.
Nunca li um texto tão exdrúxulo vindo de um “Jornalista que corre.”.
Como dizem por aí, “adoro”