A prova sem medalha

Paulo Vieira

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O pessoal não gostou não. O Marcelo Teixeira disse: “sem condições, lamentável”. O Ricardo Lazarin propôs um boicote. O Cesar Almeida, que correu os últimos quatro anos, diz que desta vez não vai participar. Também não vai o Leandro de Souza, que chamou o evento de “palhaçada total”.

Essa daí ficou na saudade
Essa daí ficou na saudade

Então passemos ao lead. As reclamações são contra o Sesc paulista, que decidiu, em outubro, cortar de seu circuito de corridas dois itens comuníssimos a qualquer prova: camiseta e medalha.

UMA CORRIDA POR 20 PAUS

Por conta da “~crise~econômica”, segundo a coordenadora da área esportiva do Sesc Ipiranga, Carla Romano, a tradicional prova de revezamento de 21K pelas ruas do Ipiranga do próximo domingo, 6 de dezembro, já não distribui para os inscritos esses dois itens, apenas número de peito, alfinetes e chip de cronometragem.

ALGUMA COISA NÃO ACONTECEU NA IPIRANGA COM A SÃO JOÃO – FELIZMENTE

“Foi uma decisão adotada em outubro, e que pode ser revista na reunião geral para as corridas do próximo ano”, disse Carla ontem, ao JQC, por telefone.

A questão é que o valor da inscrição, que em outros tempos dava direito à camiseta, à medalha e ainda a um lanche, não ficou menor por conta dessas subtrações.

JQC E SESC NO MOVE BRASIL

Mesmo assim,  perto de outras provas por aí, o valor da inscrição do Sesc ainda é coração de mãe: custa R$ 64 por dupla ou R$ 128 por quarteto – 32 pratas por cabeça, portanto, no valor integral.

Mas é duro concluir a parada sem qualquer suvenir para lembrar do evento. Pensa: e se o caboclo se inspira com os ares independentistas, decide performar e baixa seu recorde dos 10K (10,5K, no caso)?

PERFORMANCE, PERFORMANCE, PERFORMANCE

Comerciários e estudantes pagam meia e ainda ganham uma filipeta de desconto para o Museu Paulista (do Ipiranga), cuja reinauguração está prevista para 2022, ou tão logo o governo paulista conclua a linha do metrô 5, o que vier primeiro.

A CORRIDA NO METRÔ – E OS NÚMEROS DA NOSSA EXPANSÃO METROVIÁRIA, PARA CHORAR

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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