Resoluções de 2015, tipo

Paulo Vieira

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Não decidi escrever este post justo no apagar das luzes de 2014, esse ano que, mesmo no injury time, não para de revelar surpresas  – ou confirmar decepções: do notável ministério à ausência completa de negros de Punta –, por razões instrumentais.

Foi bem por acaso mesmo.

É que eu havia, em 8 de janeiro, escrito este outro post, com as minhas resoluções para 2014. A última delas dizia isto:

Fazer as Resoluções de 2015 em 2014.

Assim, esta manifestação crepuscular já teria garantido uma gracinha: se tudo tivesse dado com os cornos n’água, ou com os cornos n’asseca, para aclimatar melhor a expressão, ao menos uma bola eu teria mandado pra dentro.

E quanto às outras?

“Polêmico”, como diria Arnaldo Ribeiro, nosso eterno Chico Fraga.

Vamos a elas:

Correr minha primeira maratona. E ela deve ser a de Porto Alegre, outono, 18 de maio. Te cuida, Fabio Koff!

Nil! Prá variar, tenho uma desculpinha: no melhor momento do ano em termos de preparação física, na hora que eu já tinha colocado a bombacha e afiado o facão, adveio Gonçalves e a perda de tração na Serra da Balança. E os 58 dias de molho.

Correr ao menos uma prova de montanha. Essa é pra ontem. A que abre oCampeonato Paulista, no fim do mês, em Mairiporã, quiçá?

Pois é… Um alibizinho só pra variar: os 3:40′ pelas estradas rurais de Gonçalves, justamente na antevéspera do evento da Serra da Balança? Toda minha gratidão ao Gui Cavallari, nosso heroi, que desenhou aquela mapa perfeito das trilhas locais de cabeça.

Comprar mais um tênis minimalista.

Não careceu ainda. Que eu gosto demais deles, nenhuma dúvida. Mas acho que preciso de algo com “grip” para quando eu voltar à Serra da Balança.

Montar com a Julia Zanolli o time Jornalistas que Correm para provas de revezamento e outras pelo Brasil. Estejam convidados

Algo na linha isso aqui, é não, Zelão?

Viajar pacas

Podia ser melhor, sempre. Não teve México como em 2013, mas teve Tambaba e outras paradas.

Ver pelo menos Uruguai x Inglaterra e Bósnia x Argentina

Como diria o Antenore em sua imitação genial do Cauby, é, professor….

Levar a Vitória para ver esses caras aqui

Eles não são de dar muito mole por aí, talvez ela tenha de ver o Guetta primeiro. Mas o que ela está adorando ouvir é a faixa-título do “Off the Wall”. Também curtiu um tema famoso do Roy Orbinson. Vai longe essa garota.

Fazer meu guia informal da melhor feijoada de boteco da Zona Oeste de São Paulo. A de hoje vai ser no Chivito de Ouro (vai vendo: eles servem esse sanduba uruguaio também)

Perdão se não decepciono nem a mim mesmo, mas não foi dessa vez. Em compensação, achei o que, até agora, para mim e não só para mim, é a melhor feijoada de São Paulo. Bônus track: tem nego que gostou dos meus gim-tônica.

Tocar “O Barquinho” ou “Lobo Bobo” no violão

Querido professor Peri Pane tem se esforçado. Se não fomos à bossa nova nem ao Dorival, ao menos me viro sem a pestana nos três acordes de “Sangue Latino”.

Faturar a Mega Sena

Bollocks.

Dar uma amaciada, mas bem de leve, na birita, que só correr cansa

Hic.

Dado esse retrospecto lamentável, me eximo agora de fazer aquilo que havia proposto lá no início, ou seja, novas resoluções. Dou notícia se mudar de novo de ideia.

Felicíssimo 2015 a todos.

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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