Uma vida sem corrida

Paulo Vieira

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Já listei 51 razões para o caboclo correr. Julia, em posts somados, outro tanto. Só com o auxílio luxuoso da ciência e para ficar em postagens recentes, ela mostrou para quem o vinho faz bem e como a corrida vence a depressão.

Pois hoje meu objetivo aqui é outro. Listar algumas coisas bacanas, bem menos de 51, espero, que dá para fazer quando você NÃO corre.

Pisciano, né, já viu.

Vamolá.

"Talvez mais tarde, bem mais tarde, benhe"
“Talvez mais tarde, bem mais tarde, benhe”

1. Dá para enfiar o pé na jaca na sexta-feira, a melhor noite da semana disparada, sem o menor ressentimento. Longão no sábado 8 da manhã? Faz-me rir.

2. Você não precisa calcular sua frequência cardíaca máxima e, melhor, não precisa se esforçar nunca mais para alcançá-la.

3. Planilha passa a ter seu uso definitivamente restrito ao horário comercial. Coisa análoga acontece com o vocábulo “superação”.

4. Você deixa de se sentir o pior dos mortais por não ter corrido uma única vez na semana. Ou, melhor ainda, uma única vez no mês, mesmo com Nova York no currículo. Né, Gesu Bambino?

5. Você deixa de ficar sabendo por n aplicativos que seu grande amigo Almeidinha acaba de correr 6,173333K em 42 minutos, 15 segundos, 35 centésimos e 7 milésimos.

6. Raramente você vai sofrer de males extravagantes como fascite plantar, síndrome da banda iliotibial, canelite e unha encravada.

7. Seus amigos voltam a ser pessoas normais, não essas figuras extravagantes aqui.

8. Nunca mais vai ter de dar aqueles pulinhos, levando o joelho a alturas estranhas, como a gente ensina aqui.

9. Volta a ter a possibilidade de participar de um jantar romântico (com álcool a la vonté, bien sure) nos sábados à noite.

10. Nunca mais na vida volta a ser chamado de “guerreiro”.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

2 Comentários

  1. Avatar
    juliane

    Confesso que quando li “10 motivos para parar de correr fiquei meio assustada… mas ADOREI é isso mesmo vc vai poder fazer tudo isso. Mas o nunca mais ser chamado de guerreiro… ahhh…isso não!

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  2. Avatar
    Paulo Cezar

    me desculpe , mas única forma de ser guerreiro é correndo ????
    perdão não concordo , não mesmo , andar , correr é importante sim , mas existem outras coisas na vida que te tornam um guerreiro gente ….hehehehehhe
    menos , bem menos ….hehehehehehe

    Responder

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