Tênis de bacana

Julia Zanolli

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Tem aquele tênis xodozinho que a gente só usa em ocasiões especiais ou treinos muito importantes. Mas tem também o tênis mais descolado do armário, que você usa quando quer esbanjar para o mundo o melhor do hype da corrida.

nike
Para circular por aí e posar de corredor moderninho

Esse é o Nike Free 3.0 Flyknit. Decifrando o nome e sobrenome: Free é a linha de modelos minimalistas e ultraflexíveis da marca.

O 3.0 é uma espécie de graduação para mostrar os modelos mais rentes ao chão. O 5.0, por exemplo, tem a sola um pouco mais grossa.

Já Flyknit é o polêmico e inovador tecido que compõe o tênis, também conhecido entre os corredores como “tricozinho”. A malha é elástica e toda furadinha, então envolve o pé como uma meia. Acessório, aliás, totalmente dispensável nesse tênis (tentei usar um dia e não rola). O próprio acabamento perto do tornozelo já cumpre essa função.

Destaque para o tecido, que parece uma malha de tricô, e a sola toda recortada
Destaque para o tecido, que parece uma malha, e para a sola toda recortada

Se em termos de amortecimento o Boost é a grande novidade dos últimos tempos, o Flyknit é o tecido mais diferente à venda no mercado. Causou estranhamento no começo, mas quem usa costuma gostar.

O Nike Free 3.0 Flyknit é totalmente flexível, nível dá para encostar a ponta no calcanhar. A sola tem ranhuras hexagonais para permitir que o pé se movimente com mais naturalidade. De vez em quando entra umas pedrinhas no meio, verdade seja dita. Mas é quase como se você estivesse correndo descalço mesmo.

Portanto, se não estiver acostumado com tênis minimalistas, melhor começar beeeeeeem devagar. O amortecimento é quase decorativo, então acabo preferindo usar em treinos mais curtos ou de velocidade. E evito o concreto, que é um piso mais duro.

Uso bastante também para passear, embora ele provoque reações bem distintas. Sempre curti tênis preto, mas confesso que acho divertido esbanjar quando alguém se espanta: “É de corrida. É que eu corro, sabe?” : P

 

 

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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