Por que você corre?

Paulo Vieira

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PRA QUE VOCÊ corre? Ou, melhor, por que você corre? Que razões tem para correr?

Eu corro, já o disse aqui, por dois motivos – três, forçando a barra –, a saber:

1. Para ter autonomia. Correr sem cansar por distâncias razoáveis me faculta desbravar novos territórios, permite-me ser o meu próprio double decker de turismo, aqueles ônibus de dois andares, abertos, que rodam por cidades mais ou menos desenvolvidas como Nova York ou Londres.

A CORRIDA COMO SEU PRÓPRIO ÔNIBUS DE TURISMO

Quem tem essa capacidade de correr sem dificuldade por duas, três horas, tem condições de fazer a qualquer hora os melhores cityseeings  da vida. Como o que fiz em Nova York ou em Olímpia, na Grécia – links abaixo. O duro é achar um guia que também corra.

A MEIA DE NOVA YORK – I DID IT MY WAY

EM OLYMPIA, NO BERÇO DA OLIMPÍADA

2. Para beber mais. Por certa deformação de caráter, tendo a ver a bebida com um prazer, uma indulgência, o “descanso do guerreiro” a que eu só posso aspirar e merecer se fizer jus a ele.

O QUE É MELHOR: CORRER OU BEBER CERVEJA?

E já não basta, digamos, um dia cheio de trabalho, agora é preciso haver uma atividade física mais ou menos intensa como justificativa para o merecimento.

(Não estou aqui a falar de compensação de calorias ou coisas do tipo. A atividade física rotineira é maior do que isso, te pega de jeito, cria dependência física e psíquica.)

 

Por isso, deixar de correr ou fazer atividade física dói na alma. E dói mais intensamente nos dias sempre muitos solares destes trópicos.

O feijão e a birita descem sempre mais quadrados quando o cascalho (ou a laje, como na música do Zeca) não vêm antes.

Abrindo tudo/Disclosure – Parafraseando o poeta, é antes do patrocínio que minha alma é ébria

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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