O que dá para fazer com o pixo do tênis do Kanye West

Paulo Vieira

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CERCA DE 130 JOVENS PASSARAM UMA MADRUGADA acampados no sereno de Ipanema esperando para comprar a edição limitada de um tênis da Adidas de 1 200 pratas assinado por um rapper americano.

Foi o que informou um dos braços armados da Vênus Platinada.

Ao acampar no adro do templo Zona Sul da Adidas, a muvuca dourada de alguma forma compartilhou da experiência cotidiana de uma uma legião de conterrâneos, que sempre dorme sob o sereno das noites cariocas.

40 almoços à vonts do melhor vegano de São Paulo, troca?
Ou 40 almoços à vonts no melhor vegano de São Paulo

Um pau e duzentos é um senhor capital para investir num tênis, esse Yeezy Boost, que, quem sabe, deve ter lá seus atributos.

É possível que o evento de capitalismo explícito não tenha trazido ganhos de prodigalidade para seus protagonistas, mas ao menos teve o condão de ressuscitar Marx, o Carlos, que predisse há mileano o fenômeno em seu famoso conceito do fetichismo da mercadoria.

Sem a pretensão de avançar pelo Capital, este pasquim dedica-se neste post a encontrar outras aplicações, quiça melhores, para o pixo do tênis fetichista da Adidas.

MARATONA, O FETICHE

A ADIDAS E O RAP

A DIETA ZONA SUL DE FERNANDA THEDIM

A CHAMA OLÍMPICA CHEGA AO GALETO SAT’S DE COPACABANA

O TÊNIS DO ROLEZINHO

CARLOS DIAS LANÇA NO RIO SEU DESAFIO 24 HORAS DAS CAPITAIS

KANYE WEST CRITICA NIKE EM RAP

– Comer 1 200 vezes o rango do restaurante popular Bom Prato de São Paulo. Havia no Rio, mas parece que as joias do Cabral tiveram de ser compensadas de alguma forma.

– Fazer uma série ilimitada de viagens de corrida transporte do Marcos Viana Pinguim.

– Na mesma linha, pegar quantos livros quiser no sistema municipal de bibliotecas de Sampa. Na Mario de Andrade só da para tirar dois por vez; nas demais, até cinco. Leve um comprovante de residência para fazer a inscrição gratuita na hora.

– Assistir a 50 sessões de cinema no Cinema Museu da República, no palácio do Catete; se for no fim de tarde de sábado ainda pega um sarau gratuito com os cantores idosos que frequentam o lugar.

– Participar de 12 etapas do Desafio 24 Horas das Capitais do chapa Carlos Dias. Parte da renda auferida com as inscrições é destinado a instituições de caridade como o GRAACC, hospital paulista de referência no tratamento no câncer da criança e do adolescente.

– Assinar por 7 anos e meio a revista Piauí – torçamos para que os correntistas amigos do Itaú sigamos irrigando as burras da redação.

– Almoçar 40 vezes no Maha Mantra, melhor vegano de São Paulo; peça o prato “a vonts” e diga pro Fernando que foi o “Paulão” que deu o toque

– Comprar 20 pares de tênis de caminhada ou nove pares do de “caminhada esportiva” da Newfeel na Decathlon

– Levar quatro pares de Nike Air masculino na mesma Decathlon

– Comprar 1 par do Mizuno Prophecy, o tênis do rolezinho

 

 

 

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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