Dicas de hidratação para o verão

Paulo Vieira

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A MAIS ESPERADA ESTAÇÃO DO ANO – é assim que os jornalistas falamos – começa oficialmente depois de amanhã, logo depois do almoço, quando acontece o solstício de verão, o dia mais longo do ano no hemisfério sul.

Mas quem esteve pelo Sudeste neste fim de semana não tem dúvidas de que o calor finalmente chegou, depois de um longo período com clima estranha e deliciosamente ameno.

Pois agora, meu nego, para correr só muito cedo ou só muito cedo. Ontem, por exemplo, ganhei o cascalho sob a sombra das sibipirunas da Z.O. paulistana às 9 da manhã. Pra quê.

Às 9h50, com as pernas tão pesadas quanto naquela semana em que pulei corda loucamente, encerrei a brincadeira no parque Vibra-Bollos. Mal rodei 10K. Não dava mais.

Não sabia direito na hora a temperatura, mas a previsão para aquele horário era 27 Celsius, o que é bem menos do que a gente enfrenta em corridas por aí – inclusive no inverno.

A temperatura vai subir. Segundo a empresa Climatempo, vem por aí “excesso de calor” em fevereiro, muitas chuvas no Sudeste e “provavelmente, uma temporada de muitos mosquitos”.

Diz-se que neguinho sabe onde o calo aperta, então o editor deste pasquim não ficará aqui a repisar pela enésima vez as dicas para correr sob o calor do triste trópico.

Este editor fará melhor: reciclará as dicas da nutricionista esportiva americana Katherine Tallmadge, autora de Diet Simple: 195 Mental Tricks, Substitutions, Habits & Inspirations, preciosas sugestões recolhidas com zelo etnográfico pela nossa saudosa Julia Zanolli.

A elas.

– A orientação geral, você sabe, é ingerir cerca de dois litros de água por dia, mas isso varia muito de pessoa para pessoa. Sucos, chás, frutas e até café podem ajudar a fechar a conta.

– Beba água suficiente para prevenir a sede (quando ela chegar, pode ser um sinal de que você já está desidratado).

– Avalie se está ingerindo líquido suficiente monitorando a cor da urina. Xixi clarinho é sinal de boa hidratação. Saiba mais aqui.

– Para corridas de até 60 minutos não é necessário ingerir isotônicos, água é suficiente. Veja truques para carregar sua hidratação aqui e aqui.

– Não adianta beber um monte de água só durante o treino e depois desencanar. Beba líquidos regularmente, capriche na hidratação no dia anterior e nas horas que antecedem o exercício.

– Evite meter o pé na jaca na véspera de uma corrida – se o fizer, não corra de ressaca. A birita é a única bebida que desidrata.

–  Depois da corrida você precisa de proteína para recompor os músculos, carboidratos para recuperar as energias, eletrólitos para compensar a perda de suor e líquidos para se hidratar. Um copo de leite desnatado com achocolatado é a medida perfeita para o pós-treino.

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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