O cadarço que não desfia nem desamarra

Paulo Vieira

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AMARRAR O TÊNIS DE TAL MANEIRA que ele não desamarre durante o cascalho é uma tarefa para poucos. Se colocar muita pressão, vai sentir dor no peito do pé.

Se o cadarço for longo, vai precisar dar vários nós – e se ele não desamarrar lá pelos 40min, vai ser difícil desfazer o nó cego.

E se tudo der certo, uma hora o bicho vai começar a desfiar.

E quando é preciso amarrar o chip de cronometragem no tênis então? Espeto.

Duas razões para eu gostar tanto do Nike Free: não tem amortecimento e você pode tranquilamente desprezar o cadarço, acessório inútil, pois o tênis da marca americana “veste” o pé qual uma meia.

Mas se precisar colocar o chip nele, aí a solução é correr com tênis de outra marca num pé – e o Free no outro, como eu fiz na mara do Rio ano passado.

(O pé que não era Free era Olympikus Rio.)

Mas os Free já estão velhinhos, e agora ando preferindo o Fila KR3 de que falo no primeiro link abaixo.

TESTAMOS O FILA KR3 

TESTAMOS O KINVARA 9, DA SAUCONY

NIKE FREE E SEUS AMIGOS

COMO CONSERTAR O CADARÇO COM A PONTA DESFIADA

O problema é que o Fila tem cadarço, e como todo tênis com cadarço, desamarra.

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Há dois meses, no evento de lançamento do tênis Kinvara 9, da Saucony, a que compareceram quatro terços da blogueria de corrida da Terra, ganhei um kit de cadarços da Hickies, marca americana representada aqui pela BR Sports, mais uma empresa do grupo fagocitário de Carlos Wizard – que na área de esportes também toca a Topper e a Rainha.

Grupo que, claro, também representa aqui a Saucony, razão pela qual o kit chegou até mim e aos demais exatamente naquele convescote.

São doze cintas coloridas de borracha elástica de uns 12 centímetros cada que você deixa previamente ajustadas no tênis – eu só abro e fecho a superior.

Em vez de cadarço, cintas de borracha

Devo admitir que tem sido uma experiência gratificante não me incomodar mais com o cadarço.

O curioso é que apenas hoje, mês e meio após adotar o produto, constato que o utilizo de maneira errada. O jeito certo – aviso: isso pode parecer levemente pornográfico – é 1) levar uma das pontas da tira até a outra, inserindo-a no orifício dessa última; e aí  2) envolver completamente o botão (ou ilhose) onde está escrito o nome da marca no buraquinho da ponta oposta.

Até aqui eu me satisfiz com a fase 1, ignorando por completo a 2.

Vem dando certo, ainda que da maneira completa o negócio seja muito mais agradável – esteticamente falando.

É pra ficar desse jeito

Explicarei melhor no vídeo-tutorial que, queira Deus, logo menos estará embebido em espaço adequado, abaixo.

(ESPAÇO
PARA
EMBEBEDAR
FUTURO
VÍDEO-
TUTORIAL,
VIU COMO
ESTAMOS
FICANDO
CHIQUES?)

De qualquer forma, como insinuei acima, ando muito satisfeito com o produto. Resta saber se ele vai durar o suficiente para justificar as cerca de 40 pratas pedidas por um kit com 12 dessas tirinhas.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

Um Comentários

  1. Avatar
    Marcella

    Acabei de conhecer o site, amei

    Responder

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