As lições do Serginho do Vôlei

Paulo Vieira

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SÉRGIO DUTRA SANTOS, o Serginho do Vôlei, disputou pela seleção brasileira quatro olimpíadas. Ganhou duas medalhas de ouro e duas de prata. Tem ainda 11 ouros nos outros três torneios mais importantes do esporte, a Copa, a Liga e o Campeonato Mundial.

É coisa pra c*.

Não sei quem no futebol teria feito equivalente. O nível, guardadas as diferenças das modalidades, parece-me digno de Beckenbauer, de Zagallo.

Aos 41 anos, não sabe ainda quando vai parar. Poderia tranquilamente curtir a aposentadoria, mas, como disse ao JQC, “atleta não tem prazo de vencimento”.

Serginho é um vitorioso sob todos os pontos de vista, não só no esporte. Começou a trabalhar com 7 anos, vendendo gelo em Pirituba – acredito que no “Piritubão”, o famoso campo do centro esportivo das esquinas da Agenor com a Mutinga, passagem obrigatória das minhas corridas do Piko.

Depois tornou-se office-boy, como conta este excelente perfil do Globo Esporte, sempre mantendo o sonho de jogar vôlei, esporte aprendido na escola estadual em que estudou, a Otto de Barros, numa travessa da Estrada Turística do Jaraguá.

Com o segundo ouro olímpico/Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br
Com o segundo ouro olímpico/Foto: Danilo Borges/Brasil2016.gov.br

Ele falou ao JQC no evento de lançamento do novo smartphone da Samsung, empresa que o patrocina.

A APOSENTADORIA

“Sou um contemplado, tive poucas lesões em minha carreira. Vou jogar até quando eu estiver me sentindo bem. Atleta não tem prazo de vencimento, a motivação sim, no dia em que ela acabar aí é hora de parar e seguir outra estrada.”

A LONGEVIDADE

“Minha posição [de líbero] ajuda bastante a que eu, com 41 anos, possa jogar em alto nível. Para um atacante não daria. Mas foram anos de dedicação, de treinamento e de muito descanso também. Eu treino duas vezes por dia, sei a hora certa de descansar, de sair, de me divertir.”

A CORRUPÇÃO NO VÔLEI E SEUS REFLEXOS NA QUADRA

“Lógico que a gente quer pessoas honestas à frente do vôlei, assim como quer à frente do país, mas o vôlei é um esporte de confirmação, se treinar mal vou jogar mal. Esses problemas não influenciam em nada [na quadra].”

A CORRIDA DE RUA

“A corrida de rua representa a minha infância, sempre corri na rua, é assim, querendo ou não, que se começa a praticar um esporte. [Nessas horas, a gente] começa a praticar esporte, se sente livre, se sente à vontade. Correndo na rua a gente retorna à idade de criança, é maravilhoso.” 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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