A dieta Ravenna

Paulo Vieira

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Não, eu não a adotei. Acho que ainda não preciso. Na verdade, penso que preciso fazer uma dieta de engorda, por ter deficiências inclusive de carboidrato, apesar do 12 grãos com manteiga que eu como religiosamente na padaria Natalina, Vila Romana, São Paulo (1).

Mas dada a assiduidade com que o tema anda frequentando o noticiário e o Eixo Monumental, vamos a ele.

Segundo reportagem publicada pelo El País, com direito a aspas do argentino Máximo Ravenna lui-même, a eficácia de seu método depende de que as pessoas “compreendam o vínculo que têm com a comida”.

Os comentaristas políticos dizem que Dilma não escuta ninguém, mas parece que soube compreender bem os ensinamentos do dr. Ravenna.

De todo modo, se eu compro uma revista, um livro, ou entro num programa oficial dos franqueados do argentino (há três unidades no Brasil, uma em SP, outra em Brasília e uma terceira em Salvador) para apenas entender meu vínculo com a comida, meto fogo na Vila Romana imediatamente (2).

Claro que o método não se circunscreve a apenas uma frase. Há acompanhamento nutricional, prescrição de exercícios físicos, tudo aquilo de que já falamos aqui, aqui, aqui e aqui.

E alguns dogmas, como cortar os excessos, eliminar carboidratos e alimentos de alto índice glicêmico, permitir a ingestão de proteínas e, se po$$ível, como no caso dos A.A.s, participar de grupos para relatar aos colegas de dieta seus progressos.

A propósito, ao El País o argentino ainda comparou seus pacientes em dieta a “drogados em abstinência”. “Algumas pessoas tem debilidade com alguns alimentos calóricos e, se não conseguem se controlar, terão que os eliminar da dieta.”

No site oficial brasileiro do Dr. Ravenna, a seção blog, infelizmente há tempos desatualizada, inclui uma relação interessante de dicas para evitar o consumo excessivo em época de festas.

Como já adentramos a Quaresma e logo mais vamos nos abaixar nos corredores dos supermercados por conta dos ovos de páscoa e panetones pendurados, cito algumas dessas dicas, assinadas pela nutricionista Cecília Rios.

– Para ter uma alternativa ao álcool, faça uma sangria caseira: junte suco de uva integral gelo e maçã sem casca, em cubinhos.

– Diante de uma mesa farta, priorize a proteína (carne ou queijos brancos).

– Comidas que podem levar a “situações de compulsão” e, portanto, melhor evitar: pãozinho, panetone, rabanada e sobremesas.

(1) e (2) Pequenas homenagens ao Bloco Quem Tem Boca Vaia Roma, a grande novidade do Carnaval paulistano, com seu corso entre a rua Aurélia e a padaria Natalina, e a David Foster Wallace, que não tem nada a ver com o Carnaval nem com a Vila Romana.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

Um Comentários

  1. Avatar
    carlos

    adorei a matéria, estou fazendo a dieta Dieta Ravenna que não restringe muito a comida e trabalha com a mudança de hábito alimentar.

    Eu lí uma matéria neste blog https://dietaedietas.com.br/dieta-ravenna-emagreca-ate-2kg-por-semana/ bem completa sobre a Dieta Ravenna e lá já mostra varios alimentos

    Acredito que a médio prazo chegarei ao meu peso ideal

    Responder

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