OS MUITOS PROBLEMAS DA 25ª MARA DE SÃO PAULO, evento organizado pela empresa Notcom, apontados nesta postagem de anteontem, e os comentários dos leitores no site e nas redes sociais em resposta a isso – veja-os aqui – formam o que um dia se chamou “fortuna crítica”.
Livros eram editados com fortuna crítica, uma maneira de municiar bem o leitor sobre a obra – e seu autor – que estava por experimentar.
Não creio que a Notcom fará qualquer coisa com a fortuna crítica que ano a ano recebe de graça de seus clientes.
Talvez a Cosan, conglomerado que anunciou com estrépito sua entrada no mundo das corridas e que tem no publicitário e uma vez maratonista Nizan Guanaes importante colaborador, possa levar em conta este material.
Quem sabe assim ajude a transformar o cenário desalentador que espera o corredor nas grandes provas do Brasil, ao menos aquelas organizadas pela Notcom.
O comentário de Ricardo Marchi, publicado hoje no Facebook, me parece bom o bastante para encerrar o capítulo “Notcom” deste Especial Mara de São Paulo 2019.
Ricardo Marchi disse: “Acho que por ser prova IAAF Bronze eu também esperava mais da organização, com uma feira bacana; e também da população da cidade (no caminho, quem apreciava a prova era a galera saindo da balada). Mas muito do que se reclama, como transporte e isotônico e até preço da inscrição, estava claro no site e aceitamos ao pagar. De qualquer forma, espero que os pontos levantados sejam levados em consideração nos próximos anos, para ter uma maratona do nível que a cidade merece.”
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Posto isto, sigamos em frente.
Como já é tradição deste site, hoje é dia das Entrevistas Suadas desta mara de São Paulo.
Como havia poucas mulheres na prova, só entram aqui marmanjos. Renato, de São Paulo e dois Rodrigos, um do Recife e outro de Santa Catarina, abrem seu coração acelerado ao repórter Paulo Vieira.
As entrevistas foram cometidas entre o 21K e o 32K.
Evoé.
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Eis Renato Santos Lopes, de São Paulo, que estava na segunda maratona de sua vida. As duas em São Paulo. Ele, que “ama correr”, não viu defeitos na organização do evento.
Do Recife, Rodrigo de Souza, que treina com o povo da Acorja, o maior grupo de corrida do Brasil, veio a São Paulo com baixas expectativas. Ano que vem, contudo, ele pretende atacar os 90K da Comrades, na África do Sul, que seus companheiros acorjeanos adoram correr.
Rodrigo de Rodrigues, catarinense, ainda tinha 11K até a hora de colocar a medalha no peito. Decidiu fazer os 42K pois sua companheira participava da prova, competindo na elite.