AS FÉRIAS DOS CIRCUITÕES DE CORRIDA terminam neste domingo, quando acontece em Sampa a meia internacional da Yescom/Globo, empresa responsável por organizar a São Silvestre e a primeira Mara de Essepê.
As provas paulistanas desses camaradas costumam mudar de percurso e horário mais de uma vez por ano, o que é um feito razoável para eventos que ocorrem apenas uma vez por ano.
Nesta Meia, até onde eu sei, e talvez só para me contrariar, não há novidades. A tigrada já larga em horário decente, 7 da matina, e segue um percurso conhecido, boa parte dele pelo Centro.
NA SPCITY, ENTREVISTAS SUADAS
MINHA PRIMEIRA MARA, VIVACE
A MARA DE SP KM A KM
UM NÚMERO DE PEITO PARA O PIPOCA
PIPOCA
PIPOCA, A VERSÃO DA YESCOM
Ainda que o couvert artístico esteja incluso na inscrição, há gente que vai lá para (tentar) quebrar recorde. Na elite masculina, o queniano Joseph Kachapin Aperumoi cravou 1:01:38 em 2012, marca virtualmente impossível de ser superada agora.
0-2K
Largada no Pacaembu, como sói acontecer, mas agora não é mais preciso fazer aquele cotovelo ridículo na avenida adjacente já nos primeiros 500 metros. Essa chicane ficou para o final da prova, decisão sensata, pois aí não há mais muvuca; primeiro estrangulamento acontece antes dos 2K sob o viaduto da General Olímpio.
2-4K
Dois viadutos sobre as linhas férreas que surgiram para levar o café paulista para o porto de Santos no século 19. Faça a devida vênia à história de São Paulo, mas não aperte demais o ritmo, pois as subidas, embora não muito íngremes, são persistentes.
4,5-7K
O fluxo segue por rua estreita, a Conselheiro Nébias, faz conversão à direita na Duque de Caxias e já sai pela Barão de Limeira no setor “Boca de Motos”. Aí vem Ipiranga com São João e um cotovelo estranho na Rio Branco – já vi nego cortar aqui na SPCity para ganhar alguns metros.
7,5 –9K
Centro retinto. Depois de circunvoluções pela região do largo do Paissandu, a tigrada ganha um trecho que vai exigir muito dos celulares: viaduto Santa Ifigênia, largo de São Bento, Boa Vista toda vida, praça da Sé, largo de São Francisco, Senador Feijó e novamente praça da Sé.
11K – 13K
Mais turismo pelo Centrão. Viaduto do Chá (em ida e volta), Teatro Municipal, São João, Largo do Paissandú agora pela frente, Ipiranga e 24 de Maio (colher de chá para o novo Sesc), Municipal de novo, Consolação (de novo), biblioteca Mário de Andrade e São Luís.
14 – 15K
Depois de mais uma Ipiranga com São João, outra vez Barão de Limeira, um quarteirão de Duque de Caxias, Barão de Campinas (nos fundos da Folha), Helvétia e rampa de acesso ao Minhocão. Aqui o cheiro de Carnaval baiano pode incomodar olfatos mais sensíveis. Na medida do possível mantenha as vias áreas menos escancaradas.
17,5K – 18K
No Minhocão os corredores ficam apenas 3K (há ponto de retorno na altura do metrô Santa Cecília); quando se sai dele, nas Perdizes, toma-se logo à direita no largo Padre Péricles. Receba a benção de são Geraldo, resista (ou não) à tentação de parar no Armazém Garnizé, melhor bar de SP nowadays, e siga o fluxo pela descida da Marta.
18K-20K
Pacaembu au grand complet. Não se esqueça que o cotovelo ridículo do começo agora está no final (o que implica, reconheço, retirar o adjetivo ridículo). Depois disso só alegria.