A Adidas perde suas bases

Paulo Vieira

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CAUSOU DECEPÇÃO, MAS NÃO surpresa o anúncio do fechamento das Run Base da Adidas no Rio e em Sampa. Bancar o aluguel, o dízimo dos colaboradores e as demais contas em troca de algo intangível é demais até para uma marca global.

Talvez não fosse demasiado em Tóquio ou em Londres, mesmo com o custo do aluguel decuplicado nessas praças. No Brasil, contudo, os sujeitos sempre têm de “contingenciar” alguma verba quando a água começa a subir.

Adeus, armários sem chave
Adeus, armários sem chave

Chato é a Adidas não apresentar uma boa explicação para o encerramento das duas casas, que funcionaram por quase quatro anos e eram lugares supimpas: ali podiam-se usar vestiários com armários sem chave e chuveiros, testar modelos da marca e ainda fazer treinamentos gratuitos.

Tanto no Rio como em São Paulo as casas eram belissimamente localizadas: na Lagoa e ao lado da USP, respectivamente.

A ESTREIA DA RUN BASE

A CASA DA ADIDAS

AS MARCAS ESPORTIVAS CORREM DAS CORRIDAS

TESTAMOS: ADIOS ADIZERO

VESTIÁRIOS PELA CIDADE JÁ!

Fiel à tática ora em voga de responder não respondendo, A Adidas disse o que segue: “A nossa comunidade cresceu e por isso ampliamos também a nossa presença pela cidade. Com o projeto Adidas Runners seguimos incentivando o esporte, promovendo a experimentação de produtos e outros serviços, mas agora espalhados por São Paulo.”

Impossível não evocar Paulo Francis: waal.

Pedi uma entrevista com o pessoal de comunicação da marca, mas passadas duas semanas da demanda não há qualquer sinal de que eles queiram levar um lero com este pasquim.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

Um Comentários

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    Claudia caminero

    Eu era frequantadora assidua da base em SP. O fechamento em si é compreendido pela realidade econômica de nosso país, até achávamos que aquilo tudo era um sonho, mas a Adidas dizer q AR é evolucao da runbase foi fatal pra todos q amávamos tanto a marca quanto a base . Nunca que um grupo de pessoas lindas e corredoras poderia ser uma melhoria no projeto runbase. Seremos eternamente agradecidos pelo que a Adidas nos ofereceu na runbase, mas não deveriam ter falado tamanha bobagem. Deram o famoso tiro no pé!

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