Você já correu pelado?

Paulo Vieira

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NÃO É MUITO CONFORTÁVEL CORRER PELADO. Tampouco pedalar pelado, embora tenham surgido diversas voltas ciclísticas pelo mundo em que não há intermediários entre o selim e o seu mais profundo id.

Bem, estamos nos 50 anos do tal Verão do Amor, do lançamento de Sgt. Pepper’s e também do nascimento do editor deste pasquim, e uma maneira de celebrar o cinquentenário desse tão inconteste luminoso ano de 1967 é, por que não, correndo da maneira que viemos a este planetinha.

Veja onde correr pelado pelo mundo.

SAN FRANCISCO (EUA) A mais popular corrida nudista do mundo acontece em 21 de maio justamente na cidade do Verão do Amor. O Bay to Breakers junta dezenas de milhares de peladões (70 mil é um número crível) pelas ruas de San Francisco, de Embarcadero até a ponta do Golden Gate Park, na Great Highway, um trajeto respeitável (e muito bonito) de 12K.

Os 12K pelados de San Francisco
Os 12K pelados de San Francisco

KANIKSU RANCH (EUA) De Seattle são 500 quilômetros, então tem de gostar muito da coisa – ou estar de bobeira por Washington, o estado de que Seattle é capital, na Costa Oeste americana, o que não é muito comum. Esta corrida rural de 5K dentro do rancho nudista Kaniksu já vai para três décadas. Pelo menos acontece no verão, no dia 30 de julho.

PAMPLONA (ESPANHA) Organizada em 4 de julho, às vésperas da famosa corrida de touros de São Firmino, em Pamplona, no País Basco, esta corrida surgiu por iniciativa da PETA, a entidade internacional de defesa dos animais.

Para alertar do estresse e da violência a que são submetidos os touros na tradicional Festa de São Firmino, que são soltos no meio da multidão por ruas muito estreitas, manifestantes e simpatizantes correm pelados, às vezes com chifres de plástico na cabeça, pelo mesmo itinerário da festa.

Uma boa razão para ir a Pamplona
Uma boa razão para ir a Pamplona

BALANÇANDO O SALSICHÃO EM TAMBABA

NOSSO REPÓRTER CONTA  COMO É PARTICIPAR DE UMA CORRIDA PELADO

TODA NUDEZ SERÁ CELEBRADA

CORRIDA NÃO É SACRIFÍCIO, É PRAZER

NUDEZ, BIRITA E CHOCOLATE – AH! E CORRIDA

TURISMO DE EXPERIÊNCIA

DIVIDINDO AUTOMÓVEIS COM PROFESSOR PASQUALE

DO QUE FALO QUANDO EU NÃO FALO COM O MURAKAMI

SPENCER TUNICK Aqui não se trata de uma corrida, mas juntar-se com outras centenas de pessoas para os happenings fotográficos do nova-iorquino (também nascido em 1967). A experiência vale em prazer estético a endorfina subtraída. Spencer já juntou paulistanos que não tiveram qualquer pejo em tirar a roupa em São Paulo, em 2002, e segue fazendo isso pelo mundo. Ano passado, em Bogotá, despiu 6 mil pessoas. Veja onde Spencer vai armar seu circo aqui.

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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