Os sonhos dos meninos e meninas do Capão Redondo

Paulo Vieira

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NEIDE SANTOS, CRIADORA do projeto Vida Corrida, ONG que treina corrida, ensina inglês, dá práticas de ioga e principalmente prepara para a vida crianças e adolescentes da região do Capão Redondo, um dos bairros mais adensados da periferia de São Paulo, já esteve algumas vezes nos nossos pixels.

Mas ela pode aparecer neste pasquim quando quiser, uma vez que sua história de vida e trabalho incansável são alguns muitos pontos fora da curva e merecem sempre ser exaltados. Seu já decano Vida Corrida, que tem apoio da Nike, Alphagrapics e eventualmente de outras empresas, atende cerca de 450 pessoas, considerando também os adultos que treinam corrida.

UM CONTO DE NATAL QUE DURA 365 DIAS NO CAPÃO

NEIDE, UMA BRASILEIRA QUE NÃO DESISTE NUNCA

Escrevi um perfil de capa da Neide para a edição de novembro da revista Sport Life. Deu tempo de incluir o importante prêmio Claudia, mais um que ele ganhou, em outubro, reconhecendo novamente seu trabalho social.

À moda de Treinador, vou me permitir uma palhinha do meu próprio texto publicado na revista:

Ao longo dos anos, Neide foi precisando colocar prateleiras para alojar prêmios e troféus conferidos ao projeto, como o Gamechangers, da Nike, e o Anu, da Cufa, a Central Única das Favelas. O problema é que não há onde colocar as prateleiras. O que mais se parecia com a sede do Vida Corrida, uma sala emprestada dentro do parque, foi invadida em janeiro de 2015, quando a guarda terceirizada do Santos Dias deixou o local por falta de pagamento. No sinistro, foram levados geladeira, notebook, tênis e outros materiais esportivos, um prejuízo avaliado por ela em R$ 40 mil. Hoje ela prefere manter os materiais em depósito alugado longe dali.

Tudo isso para dizer que, dentro do espírito de Natal iniciado com o post de ontem sobre a pequena Rebecca, este JQC abrirá espaço para as crianças que o Vida Corrida atende.

Algumas das crianças do Vida Corrida
Algumas das crianças do Vida Corrida

Em vídeos curtos que você pode ver aqui, elas revelam o que pretendem ser quando crescerem. Num lugar em que até estudar é uma corrida com obstáculos muito piores que os dessas gincanas esportivas da moda, o apoio do Vida Corrida faz muita diferença.

Na página do Facebook do Vida Corrida também é possível fazer doações para esses meninos e meninas.

Para a Clara, de 8 anos, que quer ser bióloga.

Para o Guilherme, 9 anos, que pretende virar bombeiro.

Para o Nicolas e para o Kauê, ambos de 9 anos, que desejam fazer carreira no pitch: querem virar jogadores de futebol.

Para o Tiago, 10 anos, que quer ser piloto de Fórmula 1 e mecânico.

E para muitos outros que você pode conhecer clicando aqui.

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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