5 dicas para se proteger do Aedes durante o treino

Julia Zanolli

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Não se exaspere, querido leitor, se por vezes a luta contra o inseto mais odiado do Brasil parecer inglória. Ela é. Entre infinitas marcas de repelente, treinos, suor, dengue, zika, notícias alarmantes… é preciso se proteger contra o Aedes aegypti sem entrar em pânico.

Conversamos com dermatologistas para saber como manter o mosquito bem longe durante a corrida.

1) Não dê bobeira
Como você já deve ter percebido, o Aedes aegypti é um sujeito sagaz. Durante a corrida em si ele pode até ter mais dificuldade em dar o bote, mas no alongamento/ desaquecimento você é uma presa fácil. Ele costuma picar mais nas pernas, mas ataca braços ou qualquer outra região exposta do corpo. “Evite o período da manhã e da tarde quando o Aedes ataca mais”, sugere a dermatologista Luciana Scattone, de São Paulo.

Mais temido do que cãibra no quilômetro 30 da maratona
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2) Fique de olho no repelente
Embora alguns produtos prometam até 10 horas de eficácia, um teste da entidade de defesa do consumidor Proteste indicou que quase todos os repelentes do mercado não duram tanto quanto diz a embalagem. Não há repelentes mais ou menos eficazes para quem pratica esportes.

Se sair para um longão, invista nas marcas com maior durabilidade e repasse sempre que possível. “Os repelentes devem ser passados antes de sair de casa, em todas as áreas expostas do corpo. Além dos repelentes, existem pulseiras de citronela que podem ser usadas nos braços e pernas como complemento e não como substituto, pois não são tão eficazes”, explica Maria Bandeira, dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. 

3) Na pele 
“Não use hidratantes e protetores muito perfumados para não atrair o mosquito e aplique o repelente apenas nas áreas expostas lavando-as antes de dormir”,  diz Scattone.

As versões em spray/ aerossol são as preferidas dos esportistas já que não melam tanto quanto os repelentes em creme. Segundo Luciana, o mais eficaz é a base de Icaradina, com concentração de 20 a 25%. É importante passar uma dose generosa e repassar o produto em caso de transpiração intensa.

 4) Cubra-se
Quem não suporta a meleca de suor + protetor solar + repelente pode apostar em calças e/ou blusas de manga comprida durante os treinos. “Procure usar roupas claras e não grudadas ao corpo dificultando assim a picada”, diz Scattone.

Deboas, todo coberto
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 5) Veja por onde anda
Se você tem flexibilidade para alterar seu local de treino,  evite lugares onde costuma tomar muitas picadas. Quem mora em SP pode consultar a lista dos bairros com maior incidência de dengue (e consequentemente, de Aedes). Academias fechadas, com ar condicionado, também podem ser uma opção.

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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