Argumentos para evangelizadores da corrida – parte 2

Paulo Vieira

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(Continuação do post abaixo)

ARGUMENTOS PARA EVANGELIZADORES DA CORRIDA – PARTE 1

Ontem publicamos cinco argumentos para ajudá-lo a amolecer a resistência de seu amigo/parceiro/companheiro a correr. Seguem mais alguns.

Quero fazer alguma coisa pesada, para cansar. Na corrida a gente fica só rodando, não cansa.

Parabéns, você já parece estar apto a evoluir na corrida. Pode começar a ganhar mais resistência e até mesmo velocidade. Performar, como se diz. Se você acha que a corrida está leve demais, que tal colocar uns sprints, os famosos tiros, no meio da sua rodagem? É o chamado “treino intervalado”. Hoje fiz 5 x 400 metros na pista olímpica da USP depois de cada quilômetro completado em ritmo lento. Os 400 metros foram feitos com grande esforço. Se você ainda precisa monitorar seu batimento cardíaco nessas horas, um frequencímetro vai bem. Mas se achar que isso complica muito a parada, tente entender seu corpo e seu cansaço. E não entre com os quatro pés na porta.

Uma outra possibilidade é colocar subidas no seu itinerário. Já te falei do trajeto Lapa-Pico do Jaraguá-Lapa? Partiu?

É PRECISO DAR UNS TIROS

PERFORMANCE, PERFORMANCE, PERFORMANCE

A CORRIDA DO PICO DO JARAGUÁ

Correr cansa demais, tá louco.

Como diria o Guilherme Arantes, vocês são teríveis, viu! Inverta tudo o que foi dito na resposta anterior. Cansa? Você pode então estar indo rápido demais. Que tal inserir caminhadas no meio de seus trechos de corrida? Vale inclusive para provas, uma estratégia seguida por bastante gente. E se você está começando agora, a planilha feita pelo especialista Wanderlei Oliveira, o grande WO, é tudo o que você precisa. Veja abaixo.

UMA PLANILHA PARA COMEÇAR A CORRER, POR W.O.

Eu queria um exercício em que eu pudesse me encontrar comigo mesmo, quase assim como uma meditação.

Cara, que coisa linda! Talk to me! Para muita gente, a corrida tem um quê mesmo de meditação. Às vocês você não pensa em nada, ou quase nada (quando as malditas tabuletas de distância nas provas permitem ir para esse estado alfa). E às vezes você pensa em coisas que podem vir a ser aplicadas no seu dia-a-dia, no trampo, em casa. Não é assim uma banheira de Arquimedes, mas coisa boa da corrida sempre sai. Tipo esta resposta que você lê, que eu bolei quando descobri que não tinha água no bebedouro. Veja abaixo algumas estratégias para mentalizar durante a corrida.

A ESTRATÉGIA MADADAYO

A ESTRATÉGIA ABRAMOVIC

CORRIDA E MEDITAÇÃO

Minha parada é juntar endorfina com adrenalina, fazer um esporte que tenha uns toques radicais e uns lances meio balada.

Manêro, bro. Como ainda não inventaram uma corrida com skate – embora uma espécie de bicicleta com esteira já exista, veja abaixo –, o que temos para o momento são algumas das melhores playlists de todos os tempos e a historinha de como o autor destas mal traçadas superou os limites de seu superego e as travas do próprio esfíncter para deslizar gravidade abaixo pelo grande tobogã. Aí vai.

A ESTEIRA QUE É BIKE

TODAS AS PLAYLISTS JQC

UMA PLAYLIST ESPECIAL, POR LUCIO RIBEIRO

INSANO

Tá quente demais e, bicho, esteira nem amarrado. Sugestão?

?Como no? Não dá para chamar de esteira, pois não tem motor, mas esta máquina, a Zero Runner, emula os movimentos da corrida. E isso é sensacional, pois ela te obriga a subir mais os joelhos se quiser ganhar mais velocidade. Nessa hora você entende o que é um movimento “eficiente” de corrida. Além disso, e esse é o trunfo principal do aparelho, ele te poupa do impacto. É excelente para corredores que voltam de lesão e pessoas com sobrepeso que temem, com razão, pelos joelhos.  Problema: a bicha custava 22 mil reais quando o dólar ainda espreguiçava na casa do 1 pra 3. Se mesmo assim cacifares uma, pode me convidar.

A ZERO RUNNER E A CORRIDA EFICIENTE

Beleza? Tá bom por hoje?

 

 

 

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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