Adidas cria tênis com plástico retirado do oceano

Julia Zanolli

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A COP21 chegou ao fim na semana passada com um acordo histórico para conter o aquecimento global. Claro, muita coisa ainda precisa ser feita. Mas pela primeira vez líderes de quase 200 países concordaram que todo mundo tem que trabalhar junto para conter as mudanças climáticas e limitar o aumento da temperatura global a 1,5 ºC.

Durante o evento em Paris a Adidas apresentou um novo tênis-conceito com entressola impressa em 3D e produzida com resíduos plásticos retirados do oceano. O projeto é uma parceria com a Parley for the Oceans, organização que luta contra a destruição da vida marinha.

A entressola é composta por redes de pesca e demais resíduos plásticos retirados dos oceanos

Naturalmente, o plástico é poluente e causa danos ao meio ambiente, por isso o protótipo não será comercializado nas lojas da marca. O objetivo da ação é chamar atenção para o tema e mostrar que ainda é possível estabelecer novos padrões para a indústria de calçados.

Mas a verdadeira intenção por trás desse tênis é firmar o lugar da Adidas como uma marca preocupada com a sustentabilidade. A empresa alemã anunciou ainda que vai parar de usar sacolas plásticas em suas lojas de varejo em 2016, acabará com o uso de microesferas de plástico em todos os seus produtos de beleza e cuidado com o corpo até o dia 31 de dezembro de 2015 e parou de usar garrafas de plástico em reuniões em sua sede.

As redes de pesca são altamente nocivas para a vida marinha
As redes de pesca são altamente nocivas para a vida marinha

Iniciativas bastante tímidas considerando que a indústria têxtil é uma das mais poluentes do planeta e a segunda maior consumidora de água no mundo. Isso sem entrar no mérito das condições de trabalho nos países onde os tênis geralmente são confeccionados, como China, Indonésia e Bangladesh.

Então o melhor caminho é pensar 1000 vezes antes de comprar um tênis novo, cuidar muito bem dele para aproveitá-lo ao máximo e descartar de forma correta quando o pisante realmente chegar ao fim.

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Julia Zanolli

Julia Zanolli começou a correr em nome do bom jornalismo quando foi trabalhar na revista Runner’s World sem entender nada do assunto. A obrigação virou curtição, mesmo depois de sair da revista. Se livrou do carro para poder andar a pé pela cidade, mas é fã assumida de esteira. Prefere falar de comida do que de nutrição e acha que ter tempo é muito melhor do que matá-lo.

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