Maratona é coisa pra viajar

Paulo Vieira

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Se você é maratonista ou tem intenção de se tornar um e treina com alguma assessoria esportiva “major”, MPR ou Run & Fun, por exemplo, correr no Brasil não é algo aparentemente muito recomendável.

MARIO SERGIO SILVA E O MURO DOS 30-35K

Em maio deste ano procurei o sempre prestativo Mario Sergio Silva, dono da Run & Fun, para dizer que compartilharia da batata mágica que sua assessoria costuma servir no decisivo 35K nas maratonas em que provê apoio.

Mas Mario não queria muita conversa com a mara de SP, justamente a da minha estreia. As constantes mudanças de trajeto e de datas do evento tiraram todo o ânimo do empresário com nosotros.

Não precisei da batata para brilhar, de qualquer forma.

A MARATONA DE SÃO PAULO, VIVACE

Isso para dizer que correr no Brasil pode ser mesmo prescindível para o negócio desses caras. Os números a seguir são de concluintes brasileiros de algumas maratonas selecionadas pelo mundo.

 

CIDADE                       BRAZUCAS                MELHORES BRAZUCAS                    TEMPO

NOVA YORK               574                              EDUARDO RIBEIRO FERREIRA      2:44:59

CHICAGO                    501                               JACQUES FERNANDES                    2:50:09

BERLIM                        785                               VAGNER SILVA NORONHA             2:20:16

PARIS                            621

A MARATONA DE PARIS, SEM ESSA DE TERROR

Ou seja, é gente pra dedéu. É verdade que o impacto do dólar a quase 4 reais ainda não se nota na tabela, pois as inscrições são feitas com antecedência.

Resta lembrar que Nova York ainda espera pela volta daquele que correu os 42K como se andasse sobre as águas, Gesu Bambino, que concluiu a maratona da Maçã, sua única até aqui, num assombroso 3:34:32.

GESU BAMBINO ENSINA COMO NÃO CORRER A MARATONA DE NY

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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