Renato Augusto, tome sim refrigerante

Paulo Vieira

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Renato Augusto, o camisa 8 do Corinthians, vem comendo a bola nesta Série A em que o Atlético Mineiro tem tudo para ser o campeão indiscutível.

O carioca que começou nas categorias de base do Flamengo e que agora está na Seleção Dungueira, lidera a Bola de Ouro, tradicional premiação da revista Placar,  que analisa as atuações de todos os jogadores do campeonato rodada a rodada.

É um dos jogadores que mais se movimenta no campo, com ou sem bola, para usar um jargão dos boleiros.

Na análise de Mauro Cezar Pereira, da ESPN Brasil, “aparece bem entre as duas intermediárias, especialmente na ofensiva.”

Geração caloria vazia
Geração caloria vazia

O jogador estrelou semanas atrás um quadro do Globo Esporte em que o entrevistado anda de carro com o apresentador do vespertino. A quilômetros (da Marginal, me pareceu) tantos, disse a frase lapidar:

“Tomo muito refrigerante.”

Fiquei pasmo. Que atleta de alto rendimento toma ainda refrigerante? E que nutricionista de um time com jogadores com salários na casa dos 500 mil reais não chama o cara de lado e conta umas histórias pedagógicas sobre o tema?

Procurei nossa consultora de todas as horas, a nutricionista do Einstein Serena del Favero, para falar sobre o assunto.

Ela foi muito simpática com o jogador, mas passou o recado.

“Olá Paulo, não existem estudos que relacionem ingestão de refrigerantes e queda de performance, mas visto que é um alimento de ‘caloria vazia’, ou seja, oferece calorias sem oferecer nutrientes, não seria um bom alimento para atletas, visto que atletas precisam nutrir o corpo para conseguir desempenhar o exercício da melhor forma possível. O ideal é substituir o refrigerante por suco de fruta natural.”

Renato Augusto, continue bebendo refrigerante.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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