Touro volta ao jogo

Paulo Vieira

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A narrativa que leremos a seguir – narrativa, pegaram? – mostra nosso querido Touro Indomável refeito de seu primeiro grande baque desde que passou a estrelar o programa de redução de medidas do JQC.

À sua incrível história de determinação, suor, endorfina, lágrimas, nicotina e, se me permitem, muco, Touro acaba de acrescentar um novo elemento: proteína do soro do leite. O futebol segue como a cereja do bolo, ainda que tenha sido um jogo sob chuva intensa o estopim do estaleiro de nosso Cafuringa.

Sua vez, horse.

Depois de sete dias em casa assistindo a “O Lobo de Wall Street”, entre outros devaneios hollywoodianos, Dr. Prettel me deu alta e voltei ao trabalho. Como meu pulmão ficou OKM, o venerável Doc não listou qualquer restrição. Assim, uma das primeiras coisas que fiz foi matar a vontade do bom e velho Marlboro Light.

Eu sei que faz mal, que mata, que é um hábito feio, blábláblá. Será que eu consigo parar? Pergunta errada. Será que eu quero parar? Pergunta certa.

Não, eu não quero parar. Eu gosto do tabaco, tenho prazer com ele. E voltei a fumar um pouco menos que nos old times, mas voltei. Voltei também aos treinos e, após longa conversa com o Veron, decidimos pegar mais leve, trabalhando mais a musculação nestas primeiras semanas, depois entrando com mais vigor na parte aeróbica.

Notei que estava com saudades do exercício, vai vendo. E com o treino digamos assim mais “humano”, pirei. Foi ótimo, tive poucas dores musculares e quis treinar mais.

Quis então fazer logo outra sessão no dia seguinte, e dessa vez quem estava na academia eram os seguranças particulares da família proprietária do Grupo Abril, e percebi que estava indo numa pegada muito pesada, meu treino tinha basicamente o ritmo deles (sem a carga de peso que eles puxam).

Blackywhey
Touro e seu novo amiguinho/Foto: Fernando Pires

Eu não ia aguentar, e não aguentei. Por isso, decidi comprar um potão de 2,3kg de proteína do leite isolada. O bicho me aliviou três pernas e um galo. Caro demais.

Minha alimentação está menos controlada, continuo esperto com o que comer durante a semana, mas já não estou contando calorias como no início. Agora meu peso está em 95kg – perdi 1Kg com a pneumonia -, algumas calças estão caindo, e isso me deixa feliz! E logo mais volto ao pitch, mais só se não cair aquela chuva amazônica que ajudou a me mandar pro estaleiro.

Chega de doença neste semestre. Estou à procura da batida perfeita, né não?

Baccio a todos.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

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