Ele perdeu 39 quilos e ainda quer se livrar de mais 11

Paulo Vieira

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No Jornalistas que Correm, Marcos Andrey, da Dieta da Rede Social
O autor da Dieta da Rede Social 38 quilos a menos depois
Marcos Andrey a malhar
Mas ainda faltam 11

O jornalista pernambucano Marcus Andrey, o Mandrey, visitou nossas páginas em 30 de agosto. Estava em plena vigência sua Dieta da Rede Social, a DRS, um projeto engenhoso com o qual ele pretendia perder 40 quilos e chegar aos 100 de uma forma prazerosa: caminhando todos os dias 10K com quem se dispusesse a acompanhá-lo. Os encontros com principalmente desconhecidos eram marcados pelo Facebook, e os relatos dessas caminhadas iam para seu site.

No meio disso tudo, Mandrey virou uma semicelebridade, aparecendo em programas televisivos e sendo chamado para contar sua história em conferências e eventos.

Pois bem, Mandrey terminou a “primeira temporada” da Dieta, e o JQC, célere e solerte, conversou de novo com ele para saber o que vem por aí.

JQC – Você encerrou a primeira “temporada” da Dieta. Os objetivos foram alcançados? Só com as caminhadas você chegou lá?
Mandrey – O objetivo inicial de emagrecer 40 quilos em um ano foi atingido na margem de erro (perdi 38,4 kg). Nos últimos três meses, somei aos 10K diários malhação seis vezes por semana. As caminhadas foram muito eficientes, mas quando emagreci 30 quilos percebi flacidez na pele de braços, coxas e barriga, então antecipei a entrada na academia. Com três meses de malhação pesada, a massa “magra” dos músculos atrapalhou na redução de peso. Mas diminuí as medidas: do manequim de calça 62 “apertada” passei para 46 “confortável”. Eu chegaria lá somente caminhando, mas como meu sobrepeso era descomunal e já tenho 38 anos, a flacidez foi uma consequência direta do emagrecimento, daí a academia.

JQC – Quais os objetivos para a próxima temporada? Perda ou manutenção do peso? Como não perder o que já foi conquistado?
Mandrey – A segunda temporada começou exatamente no dia seguinte ao aniversário de 1 ano da DRS, como se nada tivesse acontecido. O projeto não é “pontual”, embora esse marco dos 38,4 kg seja importante para provar sua eficácia. Encaro a nova temporada como uma continuidade de um projeto de vida que pretendo levar para sempre (espero que os voluntários continuem comparecendo!). Como eu nunca parei de caminhar, a tendência é manter o emagrecimento até atingir o peso ideal (90 quilos, ou seja, menos 11). Nesta temporada não vou perder o que conquistei porque simplesmente não darei fim ao processo diário de caminhadas (ou malhação). A novidade é que abri a guarda para prestigiar também os candidatos a voluntários que não gostam de caminhar, por isso eu agora aceito convites para praticar outros exercícios como ginástica, tênis de mesa, dança, ciclismo etc.

JQC – Além das caminhadas houve algum outro sacrifício? Comida, bebida, noitadas?
Mandrey – Eu não tenho tido vontade de beber com aquela frequência que se espera de um jornalista, mas esporadicamente não me furto a apreciar uma birita com moderação. Como bem disse Chico Buarque em “Meu Caro Amigo”, “sem a cachaça ninguém segura esse rojão”. Mas se a caminhada diária supre bem a função de válvula de escape, não deixei de tomar ao longo do ano um vinho, um saquê. Não vejo problema em consumir bebida alcoólica, mesmo com seu poder calórico, desde que a gente caminhe todos os dias, principalmente quando vem farra pela frente.

JQC – Uma das coisas bacanas da DRS é o encontro com desconhecidos. Cite alguém pela qual você agora tem muito carinho.
Mandrey – Uma desconhecida que se tornou amiga é a Helena Amaral, aposentada de 64 anos. Ela abraçou a DRS e se tornou sua madrinha, trazendo dezenas de pessoas do seu convívio para caminhar comigo. Ela curte, comenta e compartilha TUDO que eu posto. É minha fã número um. kkkkk

JQC – Depois das aparições na mídia, você se sente agora um pouco arauto da vida saudável?
Mandrey – Com a experiência que adquiri ao longo deste último ano me sinto obrigado a “doutrinar” as pessoas sobre a mudança de hábitos visando a vida saudável. Tive quatro oportunidades de palestrar na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e achei a experiência fantástica, com um feedback maravilhoso do público. Quero terminar meu livro e estar disponível para replicar essa experiência com palestras motivacionais.

JQC – Corrida e atividades de mais impacto estão no plano agora?
Mandrey – Ainda não vai ser dessa vez que que vou correr ou fazer atividades de alto impacto, pelo mesmo motivo que te disse antes: este é um projeto sem pausa. Não posso me dar ao luxo de sofrer uma lesão e parar um dia sequer. Nem que seja para descansar.

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Paulo Vieira

Influenciado pelo velho “Guia completo da corrida”, do finado James Fixx, Paulo Vieira fez da calça jeans bermuda e começou a correr pela avenida Sumaré, em São Paulo, na adolescência, nos anos 1980. Mais tarde, após longo interregno, voltou com os quatro pés nos anos 2000, e agora coleciona maratonas – 9 (4 em SP, 2 Uphill Rio do Rastro, Rio, UDI e uma na Nova Zelândia), com viés de alta – e distâncias menos auspiciosas. Prefere o cascalho de cada dia às provas de domingo e faz da corrida plataforma para voos metafísicos, muitos dos quais você encontra nestas páginas. Evoé.

3 Comentários

  1. Avatar
    Marcus Andrey

    Valeu, Paulo!

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  2. Avatar
    Helena Amaral

    Sou fã desse cara desde que o conheci….
    Para mim, ele é um exemplo de determinação e com seu bom humor torna as caminhadas com os voluntários um grande prazer…

    Responder

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