Quando comecei a correr, escolhi este esporte porque não precisava “pagar” para praticá-lo, nem me arrumar muito ou aguentar cenas de gosto duvidoso, como marombados disputando quem é o mais musculoso na frente do espelho (sim, isso ainda existe). Porém, quando decidi levar a corrida a sério, a primeira recomendação médica foi: “pratique musculação 2 vezes por semana, para fortalecer seu abdômen, que dá sustentação para as costas, e a parte interna da coxa, para não sobrecarregar o joelho”. E a médica foi bem clara, “se tiver que escolher entre a corrida e a musculação nos 2 primeiros meses, fique com a segunda opção”.
A musculação poderia ser substituída por um treino funcional, porém, pensando na grana, fiquei com a opção mais popular e fácil de encontrar. Aqui no bairro, por exemplo, eu consigo chegar a pé a uma academia convencional e a uma só para mulheres, que tem aqueles circuitos de treinos fechados. Porém, se eu quisesse pagar um terço do valor cobrado por ambas, poderia pegar um ônibus e chegar até uma Smart Fit, que tem planos a partir de R$50 e não conta com a presença/orientação de um personal, que pode ser contratado a parte. Essa me pareceu uma excelente opção, não fosse a preguiça de tomar banho na academia antes de pegar o ônibus de volta para casa.
Optei pela academia tradicional que consigo chegar andando e posso treinar a hora que quiser, além de contar com a ajuda do personal para lembrar a série e arrumar a postura durante os exercícios. Ah! E tomar banho em casa, já que cruzo com pouquíssimas pessoas no caminho, que não ligam se eu estiver completamente descabelada e suada. Porém, tive que bater o pé para não pagar pela superficial avaliação física, afinal, fiz uma porrada de exames (laboratoriais e o ergosespirométrico) para garantir que meu corpo aguenta – e às vezes implora – por exercícios físicos. Também insisti para fechar com algum desconto o plano mensal, já que todos nós sabemos que em planos longos o risco de perder dinheiro e não aproveitá-lo é grande.
Para driblar a combinação marombados + disputa por aparelhos + preguiça de me arrumar, procuro frequentar a academia em horários alternativos: até às 8h e entre às 15h e 18h, nunca após às 19h, afinal, a Malhação já acabou e é hora da “galera” se encontrar para falar sobre todas as baladas tops do final de semana. Sim, tô velha e sou ranzinza.rs Mas, má vontade a parte, a academia também tem sido bem útil nesses dias mais frios do ano. Correr na esteira, apesar de não ter uma vista bonita, é mais quentinho e acolhedor do que encarar o vento gelado nas ruas. E eu posso aproveitar para colocar em dia podcasts, como o Nerdcasts sobre a Nova Zelândia, meu próximo destino, cheio de esportes radicais e trekking interessantes. Então, foco nos Maoris e em fortalecer os músculos!
Muito legal seu artigo! Fazer exercício físico é sempre bom e poder treinar em uma academia fazendo musculação a hora que quiser certamente é uma grande vantagem!